A prestadora de serviços gerais de Brasília, Shirley de Fátima Sandes, já teve uma experiência anterior de saque do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, FGTS. Mas na época teve de emprestar o dinheiro para uma tia e pouco desfrutou dos recursos.
Agora Shirley tem outra perspectiva. Ela quer colocar as contas em ordem para no futuro realizar o sonho de fazer uma faculdade e também de educar o filho no ensino superior. “A gente tem sempre uma continha extra. Dinheiro é bom, dinheiro a mais, e a gente vai usar, principalmente, para pagar dívida”, adiantou Shirley Sandes.
A meta de Shirley também é um dos objetivos do governo. Dos R$ 42 bilhões que vão ser injetados na economia neste ano e em 2020, R$ 40 bilhões vão ser disponibilizados para trabalhadores que tem até R$ 500 em contas ativas ou inativas do FGTS. Para eles, vai valer a regra do saque imediato entre setembro e março do ano que vem.
Com isso o governo espera ajudar os 63,2 milhões de brasileiros que possuem dívidas atrasadas no Serasa.
O secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida, explicou, durante o lançamento das medidas no Palácio do Planalto, que essa possibilidade é concreta, já que parte do público beneficiado deve menos do que R$ 500. “37,3% das pessoas que têm o nome negativado, têm uma dívida menor que R$ 500’’, afirmou o secretário.
A economista da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, CNC, Marianne Hanson, apresentou uma avaliação que vai na mesma linha. “A regularização desses débitos pode fazer com que essas famílias voltem ao mercado de crédito. Isso daí também deve ter um impacto importante”.
Segundo ela, as medidas tem potencial para fomentar a economia do país. “Isso pode dar um ânimo adicional. E você somando isso com a inflação sob controle, com a taxa de juros em queda e perspectivas positivas pra economia, isso pode ajudar sim a acelerar a recuperação da atividade econômica”.
A expectativa do Ministério da Economia, com anúncio da medida, é que de que sejam criados três milhões de empregos formais e que o Produto Interno Bruto (PIB) per capita tenha um aumento de 2,5 pontos percentuais.
Fonte: www.brasil.gov.br