O julgamento de oito profissionais médicos acusados de negligência criminosa pela morte da lenda do futebol argentino, Diego Maradona, começou em 11 de março de 2025, em San Isidro, Buenos Aires. Maradona, que levou a Argentina à vitória na Copa do Mundo de 1986, faleceu em 25 de novembro de 2020, aos 60 anos, enquanto se recuperava de uma cirurgia cerebral para remover um coágulo sanguíneo. Sua morte repentina chocou o país e causou grande luto.
Os acusados incluem o médico pessoal de Maradona e neurocirurgião, Leopoldo Luque; a psiquiatra Agustina Cosachov; o especialista em dependência Carlos Díaz; a coordenadora médica Nancy Forlini; o coordenador de enfermagem Mariano Perroni; o enfermeiro noturno Ricardo Almirón; o clínico Pedro Pablo Di Spagna; e a enfermeira Gisela Dahiana Madrid, que enfrentará um julgamento separado posteriormente. Eles são acusados de “homicídio com dolo eventual”, com penas de prisão que variam de oito a 25 anos, caso sejam condenados.
Os promotores alegam que a equipe médica prestou cuidados inadequados e negligentes, liberando Maradona do hospital precocemente e não equipando sua casa com dispositivos médicos essenciais, como um desfibrilador. Um painel investigativo concluiu que a morte de Maradona poderia ter sido evitada com a devida atenção médica.
O julgamento deve durar vários meses, com mais de 100 testemunhas, incluindo familiares e antigos membros da equipe médica, programados para testemunhar. O processo tem atraído grande interesse público, com muitos fãs exigindo justiça para Maradona.
A defesa argumenta que Maradona era um paciente desafiador devido ao seu histórico de dependência e que sua morte foi repentina, sem sintomas prévios. Eles negam as alegações de negligência, afirmando que a condição de Maradona era complexa e difícil de gerenciar.
À medida que o julgamento avança, busca-se responder questões sobre responsabilidade e transparência em torno dos últimos dias de Maradona, com o objetivo de proporcionar clareza e justiça para a família do craque e fãs ao redor do mundo.
Fontes: Reuters e AP