O ministro da Defesa de Israel ordenou um “cerco completo” à Faixa de Gaza, na segunda-feira (9), enquanto seu exército luta contra militantes palestinos em cidades fronteiriças no terceiro dia de conflito.
Yoav Gallant disse que “nenhuma eletricidade, nem comida, nem água, nem combustível” seria permitida em Gaza, isolando ainda mais um território costeiro já sob bloqueio há 16 anos, mas onde militantes mantêm pelo menos 150 israelenses reféns.
Mais de dois dias após a incursão de militantes palestinos em território israelense, a falha de segurança mais impressionante de Israel em décadas, o principal porta-voz militar do país, o contra-almirante Daniel Hagari, declarou que o exército havia recuperado o controle das comunidades fronteiriças, mas reconheceu que “ainda pode haver terroristas na área.”
Mais de 700 pessoas foram mortas em Israel e quase 2.400 ficaram feridas. Em Gaza, as forças israelitas lançaram centenas de ataques, destruindo edifícios que as autoridades dizem estar ligados ao Hamas, o grupo militante que controla o território. Pelo menos 560 palestinos foram mortos, segundo as autoridades de Gaza, e pelo menos 2.900 outros ficaram feridos.
Ao mobilizar 300 mil reservistas, Israel enviou tropas e tanques para o sul para se preparar para o que as autoridades militares disseram o que seria a próxima fase da guerra, que, segundo analistas, poderá envolver uma invasão terrestre de Gaza. Mas parece improvável que tal operação comece até que Israel assegure o seu próprio território.
Os Estados Unidos anunciaram no domingo (8) que estavam enviando munições adicionais para Israel e movendo mais navios de guerra, incluindo um porta-aviões, e aeronaves de combate para mais perto de Israel, em uma demonstração de apoio.
Nove americanos foram mortos nos ataques de militantes do Hamas em Israel, segundo um porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca. “Há cidadãos dos EUA desaparecidos. Estamos monitorando de perto as informações sobre os reféns feitos pelo Hamas, informou o Conselho.
Fonte: The New York Times