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Ataques aéreos israelenses contra o Hezbollah no Líbano mataram mais de 300 pessoas e feriram mais de 1.000 na segunda-feira (23), segundo o Ministério da Saúde do Líbano. Foi o dia mais mortal de ataques israelenses no país desde pelo menos 2006, quando Israel travou uma guerra contra o grupo.

Os militares israelenses disseram que, desde a manhã de segunda-feira, seus caças atingiram mais de 800 alvos que, segundo eles, eram afiliados ao Hezbollah no sul do Líbano e no Vale do Bekaa. As principais estradas para Beirute, a capital, estavam congestionadas com pessoas fugindo da região.

Enquanto os aviões de guerra israelitas voavam pelos céus do Líbano, cerca de 165 foguetes e outras munições atravessavam o território israelense, de acordo com os militares israelenses. A maioria dos ataques foi interceptada pelo sistema de defesa antimíssil de Israel e não houve relatos de mortes ou vítimas graves.

O Hezbollah tem disparado foguetes e drones contra Israel desde outubro passado em apoio ao seu aliado, o Hamas, provocando contra-ataques israelitas.  Mas Israel intensificou dramaticamente os seus ataques ao Hezbollah durante a semana passada, aumentando o receio de que os combates de baixa intensidade possam evoluir para uma guerra em grande escala envolvendo tropas terrestres.

O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, de Israel, disse ao público israelense que esperasse “dias complicados”. Autoridades libanesas disseram que mulheres e crianças estavam entre as vítimas dos ataques israelenses de segunda-feira, mas não informaram quantos dos mortos eram militantes do Hezbollah.

Os ataques de segunda-feira foram a mais recente tentativa de Israel de desestabilizar o grupo, depois de operações clandestinas na semana passada que explodiram dispositivos sem fio do Hezbollah, matando 37 pessoas e ferindo milhares. Mas até agora Israel não conseguiu forçar o Hezbollah a recuar.

O vice-chefe do grupo prometeu no domingo continuar atacando até que Israel encerrasse sua campanha militar contra o Hamas em Gaza.

Fonte: The New York Times

 

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