BACC TRAVEL

Um general boliviano foi preso e acusado de organizar um golpe contra o governo depois de tentar invadir o palácio presidencial na quarta-feira (27).

Unidades militares lideradas pelo general Juan José Zúñiga – demitido do cargo de comandante do exército boliviano um dia antes – ocuparam a praça principal da capital, La Paz, enquanto veículos blindados batiam na porta do palácio e soldados tentavam arrombar escritórios do governo.

Horas mais tarde, o Presidente Luis Arce – que apelou ao público para “se organizar e se mobilizar” em defesa da democracia – foi visto confrontando Zúñiga no lotado corredor do palácio, ordenando ao general que retirasse os seus soldados e se retirasse.

Depois de Zúñiga ter sido algemado e forçado a entrar num carro da polícia, um triunfante Arce ergueu o punho cerrado às enormes multidões que se aglomeravam no palácio presidencial, assinalando a derrota da tentativa de golpe.

O ministro da Defesa, Edmundo Novillo, disse mais tarde numa conferência de imprensa que o governo tinha recuperado “o controlo total e absoluto” sobre as suas forças armadas. “Pedimos à população que tudo volte ao normal”, afirmou.

A Bolívia tem uma longa história de instabilidade política – houve quase 40 tentativas de golpe de estado desde 1946. A tomada fracassada ocorre num momento em que o país sul-americano, com cerca de 12 milhões de habitantes, luta contra uma crise econômica crescente que desencadeou protestos de rua nos últimos meses.

O país tem sido devastado pela diminuição das reservas em moeda estrangeira, especialmente o dólar americano, e pela escassez de combustível e de outras necessidades básicas.

Durante a sua detenção, Zúñiga alegou – sem fornecer provas – que estava agindo de acordo com as instruções do próprio presidente Arce.

O ministro da Justiça, Ivan Lima, negou as alegações de Zúñiga, dizendo que ele “mente e tenta justificar-se sobre uma decisão que tomou e pela qual terá de responder perante a justiça”.

A tentativa de golpe foi amplamente condenada pelo governo boliviano e pelos líderes internacionais.

Fonte: CNN 

Deixe um comentário

The Brasilians