O Índice de Preços ao Consumidor subiu 3,4% em abril em relação ao ano anterior, abaixo dos 3,5% de março, informou o Departamento do Trabalho na quarta-feira (15). O índice “principal” – que exclui os preços voláteis dos alimentos e dos combustíveis para dar uma ideia da tendência subjacente – subiu 3,6% no mês passado, abaixo dos 3,8% do mês anterior. Foi o aumento anual mais baixo do núcleo da inflação desde o início de 2021.
O relatório vem após três meses consecutivos de aumentos de preços desconfortavelmente rápidos que abalaram os investidores e preocuparam as autoridades do Federal Reserve (Fed), o Banco Central americano. Os economistas alertam que um mês de dados encorajadores está longe de ser suficiente para acabar com essas preocupações. Mas disseram que os dados deverão aliviar as preocupações, pelo menos por enquanto, de que a inflação esteja acelerando novamente.
A inflação caiu rapidamente no ano passado, dando sinais de que a Fed estaria perto de ter sucesso no seu esforço para controlar os aumentos de preços sem causar uma recessão, e que o banco poderia em breve começar a cortar as taxas de juro, que estão atualmente fixadas em cerca de 5,3%. Mas o progresso estagnou nos primeiros três meses do ano e os investidores praticamente perderam a esperança de cortes nas taxas de juros antes de setembro.
É pouco provável que o relatório de inflação desta quarta-feira altere essas expectativas. Mas poderá ser um passo no sentido de dar as autoridades políticas a confiança de que a inflação está voltando ao normal, o que eles disseram ser necessário antes de começarem a cortar as taxas. E é provável também que esses novos dados reduzam ainda mais as hipóteses – já remotas – de o Fed aumentar as taxas de juros em vez de reduzi-las.
O relatório é uma pausa bem-vinda para a Casa Branca em relação a uma série de dados ruins sobre a inflação que vem ajudando a inflamar o descontentamento dos eleitores com a forma como o presidente Biden está lidando com a economia.
Fonte: The New York Times