Durante o período de campanha, Donald Trump disse que reduziria a inflação nos Estados Unidos a partir do 1º dia do seu governo. Mas após três semanas, o próprio governo admitiu que controlar a inflação pode levar um pouco mais que isso.

A inflação dos EUA aumentou mais do que o esperado no mês de janeiro. O preço mais alto dos ovos, deviso à gripe aviária, e da energia ajudaram a aumentar o custo de vida para os americanos.

A inflação subiu para 3% em janeiro, sua maior taxa em seis meses, e acima dos 2,9% esperados pelos economistas.

O aumento ocorre dias depois que o Banco Central (Fed) dos EUA decidiu não mexer nas taxas de juros, dizendo que havia uma incerteza significativa sobre para onde a economia norte-americana estaria indo.

Donald Trump fez do combate à inflação uma peça central da sua campanha eleitoral. E assim conquistou muitos votos de não-republicanos esperançosos que um ‘business man’ sem dúvida resolveria o problema. Contudo, Trump vem apresentando políticas, como tarifas mais altas sobre importações, que os economistas afirmam que irão gerar o efeito contrário, ou seja, elevarão os preços.

Luta contra a inflação 

O Federal Reserve aumentou as taxas de juros drasticamente a partir de 2022, esperando que os custos mais altos dos empréstimos esfriassem a economia e aliviassem as pressões que estavam elevando os preços.

A instituição começou a cortar as taxas em setembro passado, dizendo que queria evitar qualquer resfriamento adicional.

Mas os sinais de inflação persistente acima da meta de 2% do banco nos últimos meses o levaram a manter as taxas de juros inalteradas em janeiro.

O presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, disse ao Congresso na terça-feira (11) que o banco não tinha pressa em cortar ainda mais as taxas.

Ele observou que ainda não estava claro como os planos tarifários de Trump moldariam as políticas do Fed, uma vez que as medidas poderiam provocar uma desaceleração na economia, juntamente com um aumento nos preços.

Mesmo assim, na quarta-feira (12), Trump pediu ao Fed que reduzisse as taxas de juros para ir “de mãos dadas” com as tarifas.

Mas alguns analistas dizem que após os dados deste início de ano não esperam mais nenhum corte nas taxas pelo ano inteiro.

Fonte: BBC

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