Inflação Continua Assustando Americanos

Alimentos, alojamento e serviços médicos são principais contribuidores para aumento geral dos preços.

Durante a maior parte do ano, muitos economistas afirmaram que a inflação era essencialmente um problema nos setores de alimentos e combustíveis. Uma vez que as cadeias de suprimentos se regularizassem e os preços dos combustíveis diminuíssem, segundo o pensamento deles, isso aliviaria a pressão em toda a economia e a inflação voltaria a ficar sob controle.

No entanto, o principal indicador da inflação, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), em agosto, colocou em teste seriamente essa narrativa. Além do preço dos combustíveis ter diminuído, o índice apontou aumentos cada vez mais espalhados por diversos setores da economia. Isso significa que a inflação pode ser mais persistente do que se pensava.

O IPC excluindo os preços dos alimentos e energia – o chamado núcleo da inflação – subiu 0,6% no mês, o dobro da estimativa do Dow Jones, elevando o custo de vida ano a ano em 6,3%. Incluindo alimentos e energia, o índice subiu 0,1% mensalmente e um robusto 8,3% em 12 meses.

Em vez de combustível, foram alimentos, alojamento e serviços médicos que elevaram os custos em agosto.

O custo dos alimentos aumentou 11,4% ao longo do último ano, o maior aumento anual desde maio de 1979, segundo dados divulgados pelo Bureau of Labor Statistics.

Ao percorrer o corredor dos supermercados, o consumidor perceberá que a maioria dos alimentos está muito mais caro do que há um ano. Os preços dos ovos subiram 39,8%, enquanto a farinha ficou 23,3% mais cara. O leite subiu 17% e o preço do pão saltou 16,2%.

Carnes e aves também ficaram mais caras. O preço do frango subiu 16,6%, enquanto as carnes subiram 6,7% e a carne suína, 6,8%. Frutas e legumes juntos subiram 9,4%.

Os custos de alojamento, que incluem aluguéis e várias outras despesas relacionadas à moradia, representam quase um terço do peso do IPC e subiram 0,7% no mês.

Para serviços de assistência médica, o aumento mensal de 0,8% é o maior ganho mensal desde outubro de 2019.

 

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