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Maior área úmida contínua do planeta, o Pantanal registrou 9.014 focos de incêndio nos últimos 12 meses, quase sete vezes mais que os 1.298 registrados no mesmo período do ano passado. Os dados são do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Particularmente marcante, além do maior número de incêndios, é o início precoce do problema, que nos anos anteriores só se intensificou a partir de agosto.

Localizado na bacia do Alto Paraguai, o bioma abrange uma área de 138.183 km², sendo 65% de seu território no estado de Mato Grosso do Sul e 35% em Mato Grosso.

Diante da seca extraordinária que vem afetando o bioma, o governo de Mato Grosso do Sul decretou situação de emergência nos municípios afetados pelas queimadas.

Dados da Agência Nacional de Águas e Saneamento (ANA) mostram que houve uma intensificação das condições de seca no estado desde o final de maio, levando a um aumento exponencial de focos de calor.

Levantamento divulgado recentemente pelo MapBiomas mostra que, proporcionalmente, o Pantanal é o bioma mais afetado pelas queimadas nos últimos 39 anos, abrangendo 9 milhões de hectares – 59,2% do território.

De 1985 a 2023, o município de Corumbá, no Mato Grosso do Sul, foi o que mais registrou incêndios em todo o país, e o Pantanal foi a região com mais “cicatrizes de fogo” na vegetação nativa, com 25% do território afetado por as marcas.

“Os danos causados ​​pelos incêndios são significativos, tanto em termos de aspectos ambientais como de perdas econômicas. Está relacionado a vários fatores – incluindo vegetação, solo, fauna, bens materiais e vida humana”, diz o decreto estadual, que também estima uma perda de mais de R$ 17 bilhões para a agricultura local.

Fonte: Agência Brasil 

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