O presidente Trump anunciou na quarta-feira (9) que suspenderia suas tarifas recíprocas para a maioria dos países pelos próximos 90 dias, recuando em sua política que provocou uma queda nos mercados e ameaçou prejudicar o comércio global. Mas Trump afirmou que sua suspensão não incluía a China, anunciando que, em vez disso, aumentaria as tarifas sobre suas exportações para 125% após Pequim anunciar uma nova rodada de retaliações.
Karoline Leavitt, secretária de imprensa da Casa Branca, disse que o nível da tarifa seria reduzido para 10% — uma redução significativa para muitos países.
A reversão, que imediatamente provocou fortes ganhos no mercado de ações, ocorreu após mais um dia turbulento. As tarifas mais recentes de Trump atingiram quase todos os parceiros comerciais dos EUA e aumentaram os impostos de importação de produtos chineses para 104%. Pequim então anunciou tarifas adicionais sobre as importações dos Estados Unidos, totalizando 84%, que entraram em vigor às 12h01, horário do leste dos EUA.
Pouco antes disso, os Estados-membros da União Europeia votaram pela aprovação de contratarifas contra os Estados Unidos, que entrariam em vigor na próxima terça-feira, numa primeira resposta às taxas impostas por Trump. Documentos mostraram que tarifas de 25% seriam aplicadas a uma ampla gama de produtos importados dos Estados Unidos, incluindo produtos tão variados quanto milho e vidro laminado. O bloco afirmou que suas contramedidas “podem ser suspensas a qualquer momento, caso os EUA concordem com uma solução negociada justa e equilibrada”.
O secretário do Tesouro, Scott Bessent, tentou interpretar a pausa como parte da estratégia de Trump e não uma capitulação, afirmando que as tarifas funcionaram para levar alguns dos vizinhos mais próximos da China a buscar acordos com os Estados Unidos. “Não retaliem, e vocês serão recompensados”, disse ele.
O governo não deixou claro quais países exatamente serão beneficiados com a suspensão temporária das tarifas.
Source: The New York Times