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A Casa Branca está avaliando ideias sobre como persuadir os americanos a se casarem e terem mais filhos, um sinal de que o governo Trump pretende adotar uma nova agenda cultural promovida por muitos de seus aliados de direita para reverter o declínio da taxa de natalidade e promover valores familiares conservadores.

Uma das propostas reserva 30% das bolsas de estudo do programa Fulbright, a prestigiosa bolsa internacional financiada pelo governo, para candidatas casadas ou com filhos.

Outra daria um “bônus bebê” em dinheiro de US$ 5.000 a todas as mães americanas após o parto.

Uma terceira sugere que o governo federal financie programas que eduquem as mulheres sobre seus ciclos menstruais — em parte para que elas possam entender melhor quando estão ovulando e aptas a engravidar.

Essas e outras ideias estão emergindo de um movimento preocupado com o declínio das taxas de natalidade no país.

Especialistas em políticas públicas e defensores do aumento da taxa de natalidade têm se reunido com assessores da Casa Branca, às vezes entregando propostas por escrito sobre maneiras de ajudar ou convencer as mulheres a terem mais filhos, de acordo com quatro pessoas que participaram das reuniões e que falaram sob condição de anonimato ao The New York Times.

Autoridades do governo não indicaram quais ideias — se é que alguma — eles poderiam adotar. Mas os defensores expressaram confiança de que as questões de fertilidade se tornarão um ponto de destaque na agenda, observando que o presidente Trump pediu por um novo “baby boom”.

As discussões nos bastidores sobre políticas familiares sugerem que Trump está discretamente elaborando um plano ambicioso para promover a questão. O Projeto 2025, o projeto político que previu grande parte da agenda de Trump até agora, discute questões familiares antes de qualquer outra coisa, tendo como primeiro capítulo a promessa de “restaurar a família como a peça central da vida americana”.

Grande parte do movimento se baseia na promoção de uma ideia muito específica do que constitui uma família — o casamento entre um homem e uma mulher – e exclui muitas famílias que não se encaixam nos papéis de gênero ou estruturas familiares tradicionais.

Essa coalizão de pessoas que querem ver mais bebês nascendo alerta para um futuro em que a força de trabalho será menor e não será capaz de sustentar o envelhecimento da população e a rede de segurança social.

E é claro que contar com um sistema de imigração ordenado, que traria trabalhadores qualificados para suprir essa falta de mão-de-obra, não é parte da conversa.

Fonte: The New York Times 

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