É que mães são mágicas, fazem ficar tudo bem, mesmo quando não está tudo bem. Ela é o presente que concebe o futuro!
Mãe é a natural concentração densa e absoluta do amor puro e verdadeiro. Mãe lê pensamentos, tem premonição, sonhos estranhos. Conhece cara de choro, de gripe, de medo, entra sem bater, liga de madrugada, pede favor chato, palpita e implica comn amigos, namorados, escolhas. Mãe dá um jeito, dá nó, dá bronca, dá força. Mãe cura porre, cólica, tristeza, pânico, medos. Espanta monstros, pesadelos, mosquito, perigos. Mãe tem intuição e é messiânica: mãe salva. Mãe guarda tesouros, conta histórias e tem lembranças. Mãe é arquivo! Mãe exagera, exaura, extrapola. Mãe transborda, inunda, transcende….
Dia das Mães (português brasileiro) ou Dia da Mãe (português europeu) é uma data comemorativa que homenageia anualmente a figura familiar materna (mãe) e a maternidade. A data de comemoração varia de acordo com o país. Em Portugal e nos PALOP é comemorado no primeiro domingo do mês de maio e no Brasil no segundo domingo do mês de maio.
A comemoração do dia das mães como a conhecemos se popularizou nos EUA a partir de 1914, mas, a sua celebração teve origem na Grécia e na Roma Antiga.
Encontramos na Grécia Antiga os primeiros indícios de comemoração desta data. Os gregos prestavam homenagens à deusa Reia, mãe comum de todos os seres. Neste dia, os gregos faziam ofertas, oferecendo presentes, além de prestarem homenagens à deusa.
Os romanos, que também eram politeístas e seguiam uma religião muito parecida com a grega, faziam este tipo de celebração. Em Roma, durava cerca de 3 dias no mes de março. Também eram realizadas festas em homenagem a Cibele, mãe dos deuses.
Porém, a comemoração tomou um caráter cristão nos primórdios do cristianismo. Era uma celebração realizada em homenagem à Virgem Maria, a mãe de Jesus.
Mas uma comemoração mais semelhante a dos dias atuais podemos encontrar na Inglaterra do século XVII. Era o “Domingo das Mães”. Durante as missas, os filhos entregavam presentes para suas mães. Aqueles filhos que trabalhavam longe de casa, ganhavam o dia para poderem visitar suas mães. Portanto, era um dia destinado a visitar as mães e dar presentes, muito parecido com que fazemos atualmente.
Com o passar do tempo, a celebração foi crescendo e adquiriu lugar de destaque nas datas comemorativas, sendo festejada em quase todas as partes do mundo. O Dia das Mães nos EUA surgiu no início do século XX, e sua criação foi uma homnagem a Ann Jarvis. Essa norte-americana era uma ativista que dedicou sua vida a obras de caridade, sobretudo aquelas realizadas durante um dos períodos mais conturbados da história norte-americana: a Guerra de Secessão.
Ann Jarvis dedicou-se totalmente ao trabalho social. Ela fazia parte de uma igreja metodista e passou a trabalhar, a partir da década de 1850, na conscientização das famílias na região onde morava, Virgínia Ocidental, a respeito da importância de manter-se boas condições sanitárias, isto é, higiene. Suas ações estavam ligadas ao Mother’s Day Work Clubs.
Isso porque, na época, era comum que doenças, como febre tifoide e cólera, afetassem locais sem as condições ideais de higiene. Durante a Guerra Civil Americana, Ann Jarvis ajudou socorrendo soldados que lutavam dos dois lados do conflito. Ela forneceu alimentos para quem os necessitava e auxiliou no tratamento de doenças.
Ann Jarvis viveu até 1905 e passou os últimos momentos de sua vida na Filadélfia, com sua filha Anna Jarvis. Quando ela faleceu, em 9 de maio, o luto de sua filha foi consideravelmente doloroso. Tempos depois, Anna Jarvis resolveu idealizar uma data para homenagear sua mãe. Nascia assim a ideia que deu origem ao Dia das Mães.
Não obstante, os historiadores consideram outras ações, no século XIX, como precursoras do Dia das Mães. Um exemplo disso foi dado por Julia Ward Howe, que tentou, em 1872, criar o Mother’s Day for Peace (Dia das Mães pela Paz), mas sua ideia acabou não prosperando e foi esquecida. Jarvis, por sua vez e ao contrário de Howe, teve sucesso na sua empreitada.
A proposta de Anna Jarvis para a criação do Dia das Mães foi idealizada em 1907 e colada em prática, pela primeira vez, em 1908, como um memorial para a sua mãe. A atuação da filha pela criação desse momento de celebração das mães espalhou-se e contagiou os EUA. Em 1910, o estado da Virgínia Ocidental oficializou o Dia das Mães no 2º domingo de maio.
Quatro anos depois, em 1914, Anna Jarvis conseguiu concretizar o seu sonho. O Congresso dos Estados Unidos aprovou a criação do Dia das Mães e sua implantação em todo o país. O presidente Woodrow Wilson, por sua vez, aprovou a medida do Congresso. Aos poucos, o Dia das Mães transformou-se em algo muito importante.
Anna Jarvis ficou bastante desapontada ao perceber que o evento havia se tornado comercial, pois seu objetivo era reunir mães e filhos e celebrar a presença materna.
Nas palavras dela: “Não criei o dia das mães para ter lucro”, frase que enfatiza sua indignação ante esse fenômeno comercial. Em muitos países, a celebração é considerada uma das mais altas temporadas de lucros e movimentação de consumidores, depois do Natal.
Anna, que não tinha medido esforços para que esse dia fosse oficializado como uma maneira de homenagear as mães, lutou por sua eliminação, na sequência da popularização da data e seu uso mercadológico.
Como Chegou ao Brasil
No Brasil, optou-se por seguir a tradição norte-americana, instituída por Anna Jarvis (a data também foi escolhida por ela).
A data foi trazida ao Brasil pelo então Secretário-geral da instituição, Frank Long. A primeira celebração no país ocorreu em 12 de maio de 1918, em Porto Alegre. Entretanto essa comemoração foi oficialmente instituída aqui por Getúlio Vargas, em 1932.
O estabelecimento dessa data no país foi resultado dos esforços realizados pelo movimento feminista brasileiro. O decreto que a oficializou foi o de nº 21.366, assinado em 5 de maio de 1932.
A iniciativa fazia parte da estratégia das feministas de valorizar a importância das mulheres na sociedade, animadas com as perspectivas que se abriram a partir da conquista do direito de votar, em fevereiro de 1932. Em 1947, Dom Jaime de Barros Câmara, Cardeal-Arcebispo do Rio de Janeiro, determinou que essa data fizesse parte do calendário oficial da Igreja Católica.
Em Portugal, o Dia da Mãe é comemorado no primeiro domingo de maio, seguindo a tradição da Igreja Católica que neste mês celebra Santa Maria, Mãe de Jesus (em particular Nossa Senhora de Fátima), embora durante muitos anos tivesse sido comemorado no dia 8 de dezembro, dia da Nossa Senhora da Conceição. Os países africanos lusófonos celebram também no 1º domingo de maio.
No Brasil e nos EUA o Dia das Mães é a segunda melhor data do comércio, depois do Natal. A National Retail Federation (Federação Nacional de Varejo norte-americana) relatou que em 2012 os gastos para o Dia das Mães ultrapassaram $18,6 bilhões ($152 por pessoa).
Expansão Da Data Pelo Mundo
Após estes eventos, a data espalhou-se pelo mundo todo, porém ganhando um caráter comercial. A essência da data estava sendo esquecida e o foco
passou a ser a compra de presentes, ditado pelas lojas e pelo marketing, com objetivos meramente comerciais. Este fato desagradou Anna Jarvis, que estava muito desapontada em ver que o caráter de solidariedade e amor da data estava se perdendo. Ela tentou modificar tudo isso. Em 1923, liderou uma campanha contra a comercialização desta data. Embora com muita repercussão, a campanha pouco conseguiu mudar.
Em outros países do mundo, onde também celebram o Dia das Mães, foi escolhido datas diferentes para isso. Vejamos alguns exemplos:
Datas fixas:
• 3 de Março: Geórgia
• 8 de Março: Albânia, Rússia, Sérvia, Montenegro, Bulgária, Roménia, Moldávia e Butão
• 21 de Março: Egito, Síria, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Kuwait
• 7 de Abril: Grécia
• 10 de Maio: México, Guatemala, Bahrein, Índia, Malásia, Qatar e Singapura
• 15 de Maio: Paraguai
• 26 de Maio: Polônia
• 27 de Maio: Bolívia e a República Dominicana (América Central)
• 8 de Junho: Luxemburgo
• 12 de Agosto: Tailândia
• 15 de Agosto: Bélgica e Costa Rica (Assunção de Maria)
• 8 de Dezembro: Panamá (não oficial)
Datas variáveis (mês):
• 2º Domingo de Fevereiro: Noruega
• 1º Domingo de Maio: Portugal, Lituânia, Hungria, Cabo Verde, Espanha, Moçambique, Angola e São Tomé e Príncipe]
• 2º Domingo de Maio: África do Sul, Austrália, Bélgica, Brasil, Chile, China, Colômbia (exceto na cidade de Cúcuta), Dinamarca, Alemanha, Estônia, Panamá, Grécia, Itália, Japão, Canadá, Cuba, Países Baixos, Nova Zelândia, Áustria, Peru, Suíça, Formosa, Turquia, EUA, Venezuela, Finlândia, Hong Kong e Letônia
• Último Domingo de Maio: Colômbia (só na cidade de Cúcuta), França (se coincide com Pentecostes, é transferido para o 1º domingo de Junho), Suécia
• 3º Domingo de Outubro: Argentina e Bielorrússia
• Início do Mês de Outubro: Índia
Datas variáveis (ano):
• 1º Dia da Primavera: Palestina e Líbano
• 2 semanas antes do Natal: Eslovênia, Croácia, Bósnia e Herzegovina, Macedônia, Montenegro e Sérvia
Dias Das Mães Pelo Mundo
Reunimos aqui celebrações espalhadas pelo nosso planeta, todas em homenagem às mães, que se destacam por serem diferentes da forma que sempre comemoramos.
• Antrosht na Etiópia: Ao contrário de muitos outros países onde o Dia das Mães é uma celebração de um único dia, na Etiópia é comemorado em um festival de três dias chamado Antrosht, que marca o fim da estação chuvosa (normalmente no outono) e pode ocorrer em outubro ou novembro, dependendo de quando a chuva parar. As celebrações Antrosht envolvem canto, dança e festa. Uma das tradições é um ritual de mãe e filha, onde elas se cobrem com manteiga no rosto e no peito.
O povo da Etiópia celebra organizando banquetes com a família e amigos e preparando a receita tradicional do país, “hash”. A tarefa de trazer os ingredientes é dividida entre as meninas e os meninos, enquanto as mães relaxam e aproveitam a festa. Os três dias também incluem danças alegres, cantos e grandes refeições em família, onde os meninos são responsáveis por certos ingredientes e as meninas trazem outros e a mãe vai cozinhar e servir como símbolo de seu amor pela família.
• Costa Rica: o Día de La Madre é feriado nacional comemorado, no mesmo dia da Assunção de Maria, 15 de agosto. Sendo uma população 80% católica, faz sentido que a data tenha relação direta com um dia santo. Fora a data, o dia é comemorado da mesma forma de outros países ocidentais, com eventos familiares e presentes dados pelos filhos.
• México: A tradição é levar as mães para comer em restaurantes, e bandas de mariachis fazem serenatas com interpretações de “Las Mananitas”. O Dia das Mães é de longe o dia mais movimentado e “mais importante” dia para os restaurantes mexicanos.
• Índia: Os hindus na Índia celebram a deusa Durga, ou Mãe Divina, durante um festival de 10 dias chamado Durga Puja em outubro. Durga Puja celebra o triunfo do bem sobre o mal e é marcada por presentes dados a amigos e familiares, além de festas e celebrações.
• Nepal: O Dia das Mães no Nepal é baseado no calendário Bikram Sambat Nepali, que segue as posições do sol, lua e planetas neste dia especial em abril ou maio. O Dia das Mães, conhecido como “Aama ko Mukh Herne Din” se traduz como “dia de ver o rosto da mãe” e é comemorado com um festival para homenagear todas as mães, vivas e falecidas.
Durante este festival, as mães vivas recebem presentes generosos de alimentos ou roupas. Para aqueles que perderam suas mães, o festival é celebrado visitando o lendário lago natural ‘Mata-Tirtha’ fora de Katmandu. Os peregrinos acreditam que verão o rosto de sua mãe quando
olharem para a lagoa e ela aceitar suas oferendas. Acreditam que sua visita trará paz à alma de suas mães.
• Bolívia: “Dia de la Madre” é o feriado mais celebrado depois do Natal. O Dia das Mães é sempre no dia 27 de maio, dia em que se comemora a participação das mulheres bolivianas na batalha contra o exército espanhol.
No século 19, durante a luta do país pela independência, muitas vidas, principalmente de homens, foram perdidas. Um grupo de mulheres se recusou a ficar parado assistindo e se uniu à luta contra o exército espanhol.
Assim que conquistaram a independência da Espanha, suas contribuições para a guerra se tornaram um legado que é celebrado todos os anos no dia 27 de maio as “heroínas de Coronilla” e também o Dia das Mães.
• Alemanha: O Muttertag, o Dia da Mães, acontece no 2º domingo de maio, a menos que caia no Pentecostes, caso em que ocorre no primeiro domingo do mês. A entrega de cartões de Dia das Mães é extremamente popular. Durante a II Guerra Mundial, o Dia das Mães assumiu um significado político como o dia para reconhecer as mulheres que criaram filhos para a Vaterland, ou melhor, a Pátria. Medalhas foram concedidas em ouro, prata ou bronze, com base na quantidade de crianças que havia na casa.
• Peru: A população indígena andina celebra as dádivas da Mãe Terra, ou Pachamama, no início de agosto. Pachamama é uma antiga deusa mitológica amada por muitas populações indígenas andinas. A mitologia cita Pachamama como a causa de terremotos e portadora de fertilidade. Seu dia especial de adoração é chamado de Marte de Challa (ou terça-feira de Challa).
• Egito: Os antigos egípcios estimavam a maternidade e a celebravam com um festival de luzes anual (Lychnocaia) para homenagear a deusa Ísis. Acreditava-se que ela ajudava os mortos a entrar na vida após a morte, e era considerada a mãe divina dos faraós, comparada a Hórus. Sua ajuda materna era invocada em feitiços de cura. Segundo a Universidade Americana do Cairo, a concepção moderna do Dia das Mães chegou ao Egito por meio de um jornalista chamado Mustafa Amin, que fez campanha para torná-lo uma celebração oficial no país. O primeiro Dia das Mães oficial foi comemorado no Egito em 21 de março de 1956, e a tradição se espalhou ao longo do tempo para outras partes da região.
Fonte: mundoeducação.com.br, todamateria.com.br, Wikipedia, suapesquisa.com & brinsurance.com