BACC TRAVEL

A FDA emitiu um alerta público na terça-feira (22) sobre versões genéricas de um medicamento amplamente utilizado para queda de cabelo.

A agência citou 32 relatos de eventos adversos envolvendo produtos tópicos compostos de finasterida, que estão “potencialmente colocando os consumidores em risco”, segundo a agência.

Esses eventos incluem “disfunção erétil, ansiedade, pensamento suicida, confusão mental, depressão, fadiga, insônia, diminuição da libido e dor testicular”.

O alerta tem como alvo específico uma formulação em spray de finasterida, o ingrediente ativo também encontrado no medicamento oral Propecia.

De acordo com a FDA, essas versões tópicas não receberam aprovação oficial e não foram apresentados dados abrangentes de segurança sobre elas.

No momento, os únicos produtos de finasterida oral aprovados pela FDA são Proscar e Propecia.

O alerta acontece após uma reportagem de março deste ano do Wall Street Journal sobre homens que apresentaram efeitos colaterais graves após adquirirem finasterida por meio de uma empresa de telemedicina.

Um dos homens, o Sargento do Exército dos EUA Mark Millich, de 26 anos, começou a sofrer de ansiedade, tontura e fala arrastada — e depois as coisas pioraram ainda mais. Seu desejo sexual despencou e seus genitais encolheram e mudaram de forma. Seu médico disse que era devido à medicação.

Nenhum dos 17 homens com quem o WSJ conversou e que apresentaram efeitos colaterais graves ao receber o medicamento por meio de uma empresa de telessaúde acredita ter sido adequadamente informado sobre os riscos.

Ao contrário das empresas farmacêuticas tradicionais, os provedores de serviços de telessaúde não são obrigados a divulgar efeitos colaterais e outros riscos em seus anúncios — embora afirmem fazê-lo em seus sites.

Embora as empresas de telessaúde tenham, sem dúvida, democratizado o processo de prescrição de medicamentos, especialistas médicos levantaram preocupações sobre a avaliação potencialmente insuficiente dos pacientes e afirmaram que podem priorizar o volume de prescrições em detrimento da saúde e da segurança de seus clientes.

Fontes: The New York Post e WSJ

Deixe um comentário

The Brasilians