“O Fantasma da Ópera”, o espetáculo que há mais tempo está em cartaz na história da Broadway e, para muitos, um símbolo dos musicais, fechará as cortinas pela última vez em fevereiro de 2023.
O musical é mais uma vítima da pandemia causada pelo Covid-19. Desde que as portas dos teatros foram fechadas por causa do vírus, a produção não viu o retorno da audiência na mesma intensidade. Com isso, não está vendendo o suficiente para custear os altos gastos semanais de funcionamento.
O encerramento é ao mesmo tempo esperado – nenhum show fica em cartaz para sempre, mas também surpreendente, porque “O Fantásma” passou a fazer parte da paisagem da Broadway, além de tornar-se um ímã turístico.
O show comemora o 35º aniversário em janeiro e, em seguida, fará sua última apresentação na Broadway em 18 de fevereiro de 2023.
No entanto, o espetáculo continuará em outros lugares: a produção londrina, ainda mais antiga que a de Nova York, encerrou em 2020, no auge da pandemia, mas depois voltou, com uma orquestra menor e outras reconfigurações de baixo custo.
Uma nova produção abriu no mês passado na Austrália, e a primeira produção em mandarim está programada para estrear na China no próximo ano. Além disso, o ator Antonio Banderas está trabalhando em uma nova produção em espanhol.
“O Fantasma” é um ícone da Broadway dos anos 80, criado por três das figuras mais lendárias da história do teatro musical: o compositor Andrew Lloyd Webber, o diretor Hal Prince e o produtor Cameron Mackintosh.
Em pouquíssimas palavras, o show é sobre um amante de ópera que usa máscara e assombra a Ópera de Paris e fica obcecado por uma jovem soprano. Ficou muito famoso por aquele lustre, que cai no palco todas as noites.
Ao longo dos anos, “O Fantásma” atraiu enormes audiências em todo o mundo. Desde que a primeira produção estreou em Londres em 1986, o espetáculo foi visto por mais de 145 milhões de pessoas em 183 cidades ao redor do mundo; já foi apresentado em 17 idiomas, e no ano que vem esse número deve subir para 18, quando a produção em mandarim for aberta.
Na Broadway, o espetáculo foi visto por 19,8 milhões de pessoas e arrecadou US$ 1,3 bilhão desde a estreia, segundo dados compilados pela Broadway League. Mas hoje em dia não está vendendo o suficiente para sustentar uma produção com um grande elenco e grande orquestra e um conjunto elaborado, o que aumenta os custos de operação.