Testar o sangue de uma pessoa para a presença de um tipo de proteína chamada tau fosforilada, ou p-tau, pode ser uma forma de rastrear a doença de Alzheimer com “alta precisão”, mesmo antes dos sintomas começarem a aparecer, sugere um novo estudo.
O estudo envolveu testes de sangue para um biomarcador chave da doença de Alzheimer chamado p-tau217, que aumenta ao mesmo tempo que outras proteínas prejudiciais – beta amilóide e tau – se acumulam nos cérebros de pessoas com a doença. Atualmente, para identificar o acúmulo de beta-amilóide e tau no cérebro, os pacientes são submetidos a uma tomografia cerebral ou punção lombar, que muitas vezes pode ser inacessível e dispendiosa.
Mas cientistas descobriram que este simples exame de sangue tem até 96% de precisão na identificação de níveis elevados de beta-amilóide e até 97% de precisão na identificação de tau, de acordo com o estudo publicado segunda-feira (22) na revista JAMA Neurology.
O teste utilizado no novo estudo, denominado ensaio ALZpath pTau217, é uma ferramenta desenvolvida pela empresa ALZpath, que forneceu materiais para o estudo gratuitamente. O teste está atualmente disponível apenas para uso em pesquisa, mas Ashton disse que deverá estar disponível para uso clínico em breve.
ALZpath estima que o preço do teste pode estar entre US$ 200 e US$ 500.
O mais interessante é que um exame de sangue para a doença de Alzheimer, como o descrito no novo estudo, pode ser usado para ajudar a diagnosticar tanto uma pessoa com perda precoce de memória, como uma pessoa muito antes dela apresentar quaisquer sinais ou sintomas da doença, porque as alterações no cérebro podem começar a ocorrer cerca de 20 anos antes do início dos sintomas evidentes.
O diagnóstico cedo vai ajudar os especialistas a desenvolverem melhores tratamentos e garantir melhor qualidade de vida para os pacientes.
Fonte: CNN