Na segunda-feira, 3 de outubro, a Suprema Corte americana iniciou um novo ano fiscal com uma formação nunca vista antes. Ketanji Brown Jackson, de 51 anos, que já sido empossada como Juíza em junho passado, torna-se a primeira mulher negra a servir como juíza nos 232 anos de história da Corte.
Jackson, que era juíza no Tribunal de Apelações dos Estados Unidos para o Circuito do Distrito de Columbia, foi nomeada pelo Presidente Joe Biden a 116ª magistrada e sexta mulher a servir na Corte superior do País.
Ao nomear Jackson, o presidente Biden disse: “Por muito tempo, nosso governo, nossos tribunais não se pareceram com a América. … Acredito que é hora de termos um tribunal que seja um reflexo do talento e grandeza da nossa nação com um candidato de qualificações extraordinárias e que inspire todos os jovens a acreditar que um dia podem servir seu país no mais alto nível”.
A ascensão de Jackson à Corte também marca a primeira vez na história que a maioria dos juízes não são homens brancos.
Mesmo com uma crescente diversidade racial e de gênero, Jackson se junta a um Tribunal com três nomeações do ex-presidente Donald Trump e uma supermaioria conservadora que tem a chance de reescrever agressivamente leis federais e constitucionais.
Jackson substitui Stephen Breyer, que foi nomeado por Bill Clinton, e decidiu se aposentar após 28 anos servindo à Corte. A nomeação de Jackson não deve ter um impacto imediato no domínio ideológico da ala direita, com 6 juízes seguindo uma linha ideológica mais conservadora e 3 juízes mais liberais.