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O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, visitou Israel na sexta-feira (3) e aproveitou seu encontro com líderes israelenses para defender “pausas humanitárias” nos combates em Gaza, afirmando que Israel deve “fazer mais para proteger os civis palestinos”.

Blinken chegou a Israel em meio à crescente preocupação internacional com o número de mortos em Gaza, onde autoridades de saúde locais dizem que mais de 9.000 palestinos foram mortos desde que Israel iniciou o bombardeio aéreo no local.

Agências humanitárias alertam para uma catástrofe humanitária à medida que a área fica sem alimentos, água, medicamentos e combustível.

Mas numa declaração aos jornalistas na sexta-feira (3), o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu disse que Israel continuaria a sua campanha em Gaza com “todo o seu poder” e “recusa um cessar-fogo temporário que não inclua a devolução dos nossos reféns”.

A ida de Blinken ao Oriente Médio acontece em meio a sinais de que o apoio político dos EUA às tácticas de guerra de Israel começam a diminuir.

Na quinta-feira, o senador Chris Murphy, um respeitado democrata no comitê de relações exteriores, disse que a ofensiva de Israel estava “causando um nível inaceitável de danos civis e não parece provável que atinja o objetivo de acabar permanentemente com a ameaça do Hamas”.

Apoio financeiro a Israel

A Câmara dos Representantes dos EUA aprovou na quinta-feira (2) uma proposta republicana para fornecer 14,3 mil milhões de dólares em ajuda a Israel e nada a Ucrânia.

Biden pediu ao Congresso que aprovasse um pacote mais amplo de despesas de emergência de 106 bilhões de dólares, incluindo financiamento para Israel, Taiwan e Ucrânia, bem como ajuda humanitária. O líder democrata no Senado, Chuck Schumer disse que o projeto não tem futuro na casa. O governo Biden disse que a proposta será vetada se chegar à Casa Branca.

A parte mais polêmica da proposta republicana não é nem ter deixado os outros países fora da ajuda, mas sim como os legisladores da Câmara encontraram para cobrir o custo da ajuda a Israel: cortando parte do financiamento destinado ao Internal Revenue Service (IRS).

Os Democratas opuseram-se a cortar dinheiro do IRS, considerando a medida politicamente motivada já que, com o corte, o IRS terá menos recursos para cobrar impostos sobretudo dos ricos, o que eventualmente poderá aumentar ainda mais o déficit orçamental do país.

Fonte: The Guardian e Financial Times 

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