No sábado (1º), o presidente Donald Trump anunciou tarifa de 25% sob todos os produtos do México e do Canadá que entram nos Estados Unidos e de 10% para os produtos chineses. A medida é, segundo o governo americano uma forma de pressionar esses países a conterem a entrada de drogas e imigrantes ilegais nos Estados Unidos.
Os três países, os maiores parceiros comerciais, imediatamente responderam ameaçando impôr tarifas semelhantes. O início de uma Guerra comercial foi instalada durante o final de semana.
Contudo, na Segunda-feira (3), com os mercados financeiros despencando devido ao temor de mais inflação e crise econômica global por causa das tarifas, os governos dos Estados Unidos e México decidiram conversar e negociar.
A presidente Claudia Sheinbaum do México fechou um acordo com o governo Trump para adiar a rígida tarifa de 25% que estava programada para entrar em vigor na terça-feira (4), por um mês, enquanto os dois países chegam a uma série de acordos sobre segurança na fronteira. Sheinbaum concordou em mobilizar 10 mil tropas adicionais, designadas para interromper o fluxo de imigrantes e drogas ilegais pela fronteira EUA-México.
Em troca, o México obterá pelo menos um adiamento temporário das tarifas gerais de 25% que Trump anunciou no sábado, bem como ajuda do governo dos EUA para estancar o movimento de armas pela fronteira, disse Sheinbaum.
Trump disse que também falou com o Primeiro-Ministro Justin Trudeau do Canadá, cujo país já anunciou taxas retaliatórias de 25% sobre produtos dos EUA, e que eles conversariam novamente. A China, por sua vez, prometeu abrir um processo contra os Estados Unidos na Organização Mundial do Comércio e tomar “contramedidas correspondentes para salvaguardar firmemente seus direitos e interesses”.
Trump sinalizou no domingo que a Europa pode ser seu próximo alvo, dizendo à BBC que as tarifas “definitivamente acontecerão contra a União Europeia” e podem vir “muito em breve”. Os líderes europeus responderam na segunda-feira que uma guerra comercial com os Estados Unidos desestabilizaria as economias em ambos os lados do Oceano Atlântico.
Fonte: The New York Times