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Transgêneros em vários estados estão cada vez mais alarmados com o número de medidas introduzidas nas legislaturas estaduais este ano buscando restringir os direitos LGBTQ.

Pelo menos 385 projetos de lei foram apresentados em todo o país até 7 de março, de acordo com dados compilados pela American Civil Liberties Union. O número já ultrapassou o total de 306 do ano passado, de acordo com dados da organização.

Os projetos de lei propostos cobrem uma ampla gama de políticas, incluindo algumas que buscam impedir que pessoas transgênero compitam em times esportivos ou usem banheiros que se alinhem com a sua identidade de gênero.

Os jovens que se identificam como transgênero representam uma pequena fração da juventude nos Estados Unidos – os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA estimaram em um estudo de 2019 que menos de 2% dos alunos do ensino médio se identificam como transgênero.

Profissionais de saúde acreditam que os projetos de lei que estão sendo propostos coibirão ainda mais as crianças transgênero, um grupo que já luta contra altas taxas de depressão, ansiedade e suicídio.

Oklahoma é um dos estados com mais propostas de lei voltadas para pessoas LGBTQ (15 até agora, de acordo com a ACLU).

Na semana passada, o projeto de lei 2177 da Câmara avançou para o Senado estadual depois que a Câmara o aprovou por 80 a 18. A medida proíbe certos cuidados médicos de afirmação de gênero, como bloqueadores de puberdade, hormônios e cirurgias para menores de 18 anos, e impede seguros de saúde de cobrir cuidados médicos em relação a afirmação de gênero para qualquer pessoa, independentemente da idade.

No ano passado, o governador do estado, Kevin Stitt (R) assinou leis que exigem que os alunos de escolas públicas usem banheiros e vestiários que correspondam ao sexo listado em suas certidões de nascimento, proibindo mulheres e meninas transgênero de competir em times esportivos consistentes com a sua identidade de gênero e proibindo certidões de nascimento de conterem o termo não-binário.

A Flórida é outro estado que vem tomando medidas para restringir os cuidados médicos em relação a afirmação de gênero. O Departamento de Saúde do estado divulgou novas orientações no ano passado desaconselhando tais cuidados para crianças e adolescentes.

O governador DeSantis (R) assinou no ano passado uma medida que proíbe certas instruções sobre orientação sexual e identidade de gênero na sala de aula.

Agora, o governo está sendo acusado de solicitar às escolas informações sobre “o número de indivíduos” – incluindo a idade – que receberam prescrição de bloqueadores de puberdade, hormônios e foram submetidos a procedimentos médicos como parte de seus cuidados.

O presidente Joe Biden criticou a iniciativa da Flórida e outros estados. Ele chamou os esforços para restringir os direitos dos transgêneros de “quase pecaminosos” em uma entrevista divulgada na segunda-feira (14) pelo Daily Show. Ele sugeriu ainda que leis federais deveriam ser aprovadas para proteger esses direitos em todos os estados.

“O que está acontecendo na Flórida é, como diria minha mãe, quase pecaminoso. É simplesmente terrível o que eles estão fazendo”, disse Biden.

Fonte: CNN

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