Somando-se a uma lista crescente de distritos escolares que proíbem telefones celulares, o maior do país, em Nova York, deverá fazer o mesmo a partir de janeiro.
O uso do telefone nas salas de aulas não se tornou apenas uma distração, mas um vício, disse David Banks, reitor das Escolas Públicas da Cidade de Nova York, durante entrevista.
O chanceler disse que espera que um anúncio formal seja feito assim que ele definir como implementar um plano que irá impactar mais de 1 milhão de estudantes em quase 2.000 escolas públicas da cidade.
A decisão de Nova York vem logo após a decisão do Distrito Escolar Unificado de Los Angeles de proibir telefones celulares nas escolas na semana passada.
As mudanças de dois dos maiores distritos escolares do país destacam uma frustração partilhada pelos educadores de costa a costa. Nos Estados Unidos, 72% dos professores do ensino médio disseram que a distração do celular é “um grande problema na sala de aula”, de acordo com um relatório do Pew Research Center.
Enquanto isso, a governadora de Nova York, Kathy Hochul, está considerando uma ação em nível estadual sobre a questão dos celulares nas escolas, segundo um porta-voz.
Estados como Oklahoma, Kansas, Vermont, Ohio, Louisiana e Pensilvânia introduziram legislação semelhante.
Alguns pais, porém, não concordam com a ideia. Eles acham que a proibição os impedirá de manter contato com seus filhos durante uma emergência.
O ex-prefeito de Nova York, Bill de Blasio, permitiu que os telefones voltassem às escolas em 2015, depois que foram barrados por seu antecessor na prefeitura, Mike Bloomberg.
Bloomberg escreveu um artigo de opinião na terça-feira com a manchete: “Adams deve restabelecer a antiga proibição dos celulares nas escolas de Nova York – para o bem de nossos filhos”.
O prefeito de Nova York, Eric Adams, apoia a mudança.
“As distrações que vêm dos telefones celulares são sérias e não podemos ignorar isso”, disse Adams durante entrevista coletiva na terça-feira (25). A Prefeitura está procurando um “ponto ideal” para “deixar os pais em um lugar confortável”, disse ele.
Fonte: CNN