Um dos destinos turísticos mais famosos do mundo no mês do Natal é Nova Iorque. O quarto trimestre é historicamente o mais forte do ano, respondendo por aproximadamente 30% da visitação à cidade, e este ano a previsão é de que 56,7 milhões de pessoas visitem a cidade antes do final de 2022 – aproximadamente 85% dos níveis recordes de turismo de 2019.
Segundo dados da organização oficial de marketing de destino da cidade de Nova York, NYC & Company.
Esse aquecimento da economia atraiu alguns pequenos empresários brasileiros para participarem em feiras de Natal espalhadas pela cidade, como a Columbus Circle, na entrada do Central Park e no turístico Chelsea Market.
Empreender nos Estados Unidos é mais fácil do que se imagina. A sócia da marca de brinquedos Kiboo Kids, Natasha Pryngler que abriu um estande na feira de Natal na Columbus Circle e no Chelsea Market. Ela usa o programa brasileiro Exporta Fácil para trazer seus produtos do Brasil e está muito satisfeita.
“Eu e minha sócia, Débora Tavares (que mora no Brasil), lançaram os primeiros modelos em março de 2021 no Brasil e nos EUA, durante a pandemia. Os nossos produtos são criados e fabricados em São Paulo. Começamos a importar em pequenas remessas diversificando os modelos, e agora estamos crescendo cada vez mais. O Brasil tem um programa muito interessante que eu não encontrei em outro país, chamado Exporta Fácil. Normalmente para fazer uma exportação você precisa contratar um agente que faz uma papelada, mas com esse programa o correio faz tudo para o empresário e eu só apresento a nota fiscal. Tem funcionado muito bem, e o preço é muito mais competitivo que se você comprar com FEDEX, por exemplo. O proprio funcionario do correio preenche toda a papelada e em torno de duas semanas e vai direto para o endereço da minha casa aqui, no Brooklyn.”
Porém, Natasha explica que para participar dessas feiras em Nova Iorque é bem competitivo. Primeiro tem que aplicar com meses de antecedência, o preço também é caro e gira em torno de $11 mil dólares por mês, no entanto ela garante que as vendas são garantidas e o retorno vem rápido.
“O retorno do evento não é apenas o lucro, mas também expandir a marca e divulgar mais o nosso trabalho. Já estou com planos ambiciosos para o futuro. Esse ano participamos de vários eventos para loja no atacado e já vendemos para mais de 50 lojas nos Estados Unidos em alguns meses. Além disso, estou pensando em abrir um canal de vendas na Amazon, que é bem trabalhoso e precisarei de ajuda de consultores. Também já começamos a vender Canadá e Panamá e temos recebido pedidos de outros paises”, conta a sócia da Kiboo Kids reforçando que sempre usa o programa Exporta Fácil.
Outra brasileira que participa dessas feiras é a designer brasileira Cristina Duarte Veronese, que cria joias artesanais com desenhos geométricos exclusivos em prata e ouro. Veterana nessas feiras de Natal, ela participa do evento no Columbus Circle há 14 anos. Ela faturou tanto que abriu uma loja na charmosa área de Manhattan, chamada East Village.
“Essas feiras sempre me recompensam com muitos turistas de diferentes partes do mundo, e todos são sempre muito simpáticos. Adoro ouvir as pessoas falando sobre meu trabalho e vê-las voltando depois das férias para comprar mais jóias na minha loja.”
Ela diz que, se você opera uma loja de varejo em Nova Iorque, os mercados de rua são uma ótima maneira de baixo custo (praticamente sem despesas gerais) de encontrar novos clientes e comercializar diretamente. Especialmente se sua empresa está nos estágios iniciais ou opera on-line ou em casa. “Essas feiras oferecem às marcas uma experiência de varejo, exposição e tráfego de pedestres com muito menos riscos e sem concessões.”
Outro grande benefício? Os organizadores de mercado geralmente fazem o trabalho pesado quando se trata de promoção e publicidade. O estacionamento para vendedores e visitantes também costuma ser gratuito, então praticamente o gasto é só com o seu estande que você pode montar do jeito que quiser.
VIVIANE FAVER
Journalista
vfaver@gmail.com