BACC TRAVEL

O líder autoritário da Venezuela, Nicolás Maduro, foi declarado o vencedor da tumultuada eleição presidencial do país na manhã de segunda-feira (29), apesar do enorme ímpeto de um movimento de oposição que estava convencido de que este seria o ano em que derrubaria Maduro do poder.

Com 80% das seções eleitorais contadas, as autoridades eleitorais do país alegaram que o Maduro havia recebido 51,2% dos votos, enquanto o principal candidato da oposição, Edmundo González, havia recebido 44,2%.

O governo de Maduro, suspeito de inventar resultados eleitorais antes, foi acusado de irregularidades novamente, com a contagem dos votos sendo imediatamente questionada pela oposição e por várias autoridades do país.

Nós vencemos e o mundo inteiro sabe disso”, disse a líder da oposição mais popular do país, María Corina Machado, a repórteres em Caracas. Ela chamou o resultado declarado de “impossível”, dadas as informações que sua equipe havia coletado sobre o comparecimento dos eleitores.

Autoridades de alguns locais de votação se recusaram a divulgar cópias impressas que verificavam a contagem eletrônica dos votos.

Em um discurso televisionado, Maduro chamou sua vitória de um “triunfo da paz, da estabilidade” e “da ideia de igualdade”. Ele negou acusações de fraude eleitoral.

Ele foi supostamente reeleito para um mandato de 6 anos.

Durante os 25 anos em que o partido de Maduro está no poder, o país vive uma contração econômica diferente de qualquer outra vista e a Venezuela se tornou fonte de uma das maiores crises migratórias do mundo.

Milhões de venezuelanos apoiaram o candidato da oposição, González, um ex-diplomata pouco conhecido que se tornou o principal concorrente de Maduro depois que María Corina Machado foi impedida de concorrer ao cargo pelo governo de Maduro.Representantes dos Estados Unidos, União Europeia e América Latina demostraram preocupação e cobraram transparência nas eleições venezuelanas.

O secretário de Estado Antony J. Blinken, disse que o governo dos EUA tinha “sérias preocupações de que o resultado anunciado não refletisse a vontade ou os votos do povo venezuelano”.

No Brasil, O Ministério das Relações Exteriores informou, por meio de nota, que aguarda a publicação pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela dos “dados desagregados por mesa de votação, passo indispensável para a transparência, credibilidade e legitimidade do resultado do pleito”.

O comunicado diz que o Brasil “reafirma ainda o princípio fundamental da soberania popular, a ser observadora por meio da verificação imparcial dos resultados”.

Fontes: The New York Times e Agência Brasil 

 

Deixe um comentário

The Brasilians