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Após a incomum decisão do presidente francês Emmanuel Macron de convocar eleições antecipadas no mês passado, outra surpresa veio para os eleitores franceses quando as urnas fecharam no domingo (7): o Partido Nacional (RN) de extrema-direita não recebeu a maioria dos assentos parlamentares que as pesquisas de intenção de votos previam. Não chegou nem perto disso.

Com a participação eleitoral mais elevada em mais de 40 anos, as estimativas iniciais sugerem que a maioria dos assentos irá para a Nova Frente Popular (NFP), uma coligação de esquerda que rapidamente se uniu poucos dias depois de Macron ter anunciado que as eleições legislativas se realizariam antecipadamente.

Os primeiros resultados colocam o partido de esquerda NFP com o maior número de assentos, mas aquém da maioria absoluta necessária para governar; A coligação centrista Ensemble de Macron em segundo; e o RN de extrema direita em terceiro. Como nenhum partido alcançará a maioria absoluta, o futuro do país permanece incerto.

O primeiro-ministro Gabriel Attal anunciou a sua demissão cerca de uma hora depois da divulgação dos resultados, na noite de domingo, e Macron estará sob pressão para nomear alguém da coligação NFP.

As eleições, que registaram uma participação de 67,1%, a mais elevada em mais de 40 anos, apontam para uma rejeição total de um governo de extrema-direita. Mesmo que o RN tenha obtido os ganhos mais significativos na história do partido, a sua campanha foi manchada por acusações de racismo e antissemitismo.

O sistema político francês

A República Francesa é uma república democrática semipresidencialista. O poder executivo é liderado pelo Presidente da República, no momento, Emanuel Macron e pelo governo que, por sua vez, é constituído pelo Primeiro-Ministro e seus ministros. O Primeiro-ministro é nomeado pelo Presidente e é o responsável perante o parlamento.

O Parlamento é formado pela Assembleia Nacional Francesa e pelo Senado da França e tem a principal incumbência de votar novos estatutos e leis e aprovar o plano orçamentário nacional.

Fonte: NRP

 

 

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