Eduardo Bolsonaro, congressista brasileiro e filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, disse na terça-feira (19) que buscaria asilo político nos Estados Unidos, alegando ser alvo de perseguição por defender o movimento de direita personificado por seu pai.
O terceiro filho mais velho do ex-presidente brasileiro está nos Estados Unidos desde o final de fevereiro, exatamente quando a Suprema Corte do Brasil começou a avaliar se apreenderia seu passaporte devido às acusações de que ele tentou interferir no caso envolvendo o suposto papel de seu pai em um plano de golpe de estado após perder a eleição de 2022.
Eduardo, 40, disse em um vídeo postado nas redes sociais que pretendia permanecer nos Estados Unidos e se afastar de seu papel como legislador federal. Ele tem laços estreitos com a família Trump e visitou o presidente Trump em Mar-a-Lago, sua casa e clube na Flórida recentemente.
“Se Alexandre de Moraes quiser apreender meu passaporte ou mesmo me prender para que eu não possa mais denunciar seus crimes nos Estados Unidos, então é precisamente aqui que ficarei e trabalharei mais duro do que nunca”, disse no vídeo.
O anúncio de Eduardo ocorre dias antes de o Supremo Tribunal Federal decidir se levará seu pai a julgamento sob acusações de que ele supervisionou uma vasta conspiração para subverter a democracia do país após a eleição de 2022, que ele perdeu.
Eduardo Bolsonaro disse que seu pai corre o risco de ser “injustamente preso” pelo Supremo Tribunal Federal, que há muito é visto como um inimigo pelo movimento conservador do Brasil, e traçou um paralelo entre seu pai e os próprios problemas legais de Donald Trump.
“Não tenho dúvidas de que o plano dos nossos inimigos é encarcerá-lo, assassiná-lo na prisão ou deixá-lo lá para sempre, assim como teria acontecido com Donald Trump se ele não tivesse sido reeleito em 2024”, disse ele no vídeo.
A procuradoria geral do Brasil disse que não está cassando o passporte de Eduardo Bolsonaro.
Fonte: The New York Times