A subida dos preços dos combustíveis e as hipotecas e alugueis altíssimos fizeram com que a inflação subisse mais do que o esperado em março, agravando a prolongada e dolorosa batalha dos americanos contra os custos elevados.
Os preços ao consumidor nos Estados Unidos cresceram para 3,5% anuais nos 12 meses encerrados em março, de acordo com os últimos dados do Índice de Preços ao Consumidor divulgados na quarta-feira (10) pelo Bureau of Labor Statistics.
Isso representa um aumento considerável em relação à taxa de 3,2% de fevereiro e marca o maior ganho anual dos últimos seis meses.
O presidente Joe Biden reconheceu na quarta-feira que há “mais a fazer” para reduzir a inflação.
“O relatório de hoje mostra que a inflação caiu mais de 60% desde o seu pico, mas temos mais a fazer para reduzir os custos para as famílias trabalhadoras. Os preços ainda são muito altos para habitação e mantimentos, mesmo que os preços de itens domésticos essenciais, como leite e ovos, estejam mais baixos do que há um ano”, disse Biden em comunicado.
A inflação tem sido uma das partes mais negativas para a presidência de Biden, que busca a reeleição este ano.
O que isso significa para as taxas de juros
“Você pode dar adeus ao corte da taxa de juros em junho”, escreveu Greg McBride, analista financeiro-chefe do Bankrate, em comentário divulgado na quarta-feira. Após a divulgação do relatório, a probabilidade de um corte nas taxas em junho caiu para 21%, abaixo dos 53% na terça-feira e dos 73% do mês passado, de acordo com a ferramenta CME FedWatch.
As ações dos EUA despencaram na quarta-feira após a divulgação dos dados de inflação mais quentes do que o esperado, com o Dow Jones caindo mais de 500 pontos.
O Fed – Banco Central Americano – deseja ver um progresso significativo na redução da inflação antes de começar a cortar as taxas.
O ritmo dos aumentos de preços abrandou acentuadamente em 2023, mas esse progresso encontrou obstáculos no início deste ano.
Fonte: CNN