Diferente do Brasil, nos Estados Unidos, uma pessoa condenada criminalmente pode se candidatar a presidência e assumir o cargo, se eleito.
É o caso de Donald Trump. Além da histórica vitória nas urnas em 2024, Trump colocará brevemente em seu currículo um outro marco: O único presidente dos Estados Unidos condenado criminalmente.
Lembrando o caso
Trump respondeu a um processo com 34 acusações que envolviam sobretudo um pagamento a uma modelo pornô para que ela ficasse calada sobre um suposto caso sexual com o então candidato republicano a presidência em 2016. Para encobrir o pagamento, promotores de Nova York provaram que Trump e seus aliados falsificaram registros financeiros de suas empresas, o que é crime no estado. O atual presidente eleito foi condenado pelas 34 acusações criminais de falsificação de registros comerciais em maio deste ano. A pedido dos advogados de Trump, a sentença foi adiada para 26 de novembro deste ano, ou seja, após as eleições.
E agora? O que acontece com o caso?
O juiz poderá prosseguir com a sentença conforme planejado, apesar da vitória de Trump nas urnas, afinal a justiça não vai querer deixar a impressão de que vencer uma eleição pode colocar alguém acima da justiça do país.
Mas especialistas legais dizem que é extremamente improvável que Trump seja condenado à prisão. Até porque, além da idade avançada, ele é réu primário.
E mesmo se fosse, os seus advogados recorreriam imediatamente da sentença, argumentando que a pena de prisão o impediria de exercer funções oficiais e que ele deveria permanecer em liberdade enquanto aguarda o recurso. E o processo de apelação poderia levar anos e anos.
Então, no final da história, o que acontecerá com Trump? Nada! No máximo pagará uma multa e tudo seguirá normalmente.
Enfatizando que Trump não responde somente a este caso. Existem três outros processos correndo na justiça. Um envolve a participação indireta dele na invasão do capitólio e tentativa de impedir que o presidente eleito (Joe Biden) assumisse o cargo em janeiro de 2021. O segundo acusa Trump de ter se apropriado de documentos confidenciais do governo ao deixar a Casa Branca. O último acontece na Georgia, onde o presidente eleito é acusado de ter tentado anular as eleições legítimas do estado da Georgia em 2020.
Especialistas acreditam que nenhum desses casos irá adiante enquanto Trump estiver na presidência.
Fonte: BBC News e NBC News