Nesta terça-feira, 12 de março, é o dia da Igualdade Salarial (Equal Pay Day) nos Estados Unidos. Esta data simboliza até quando no ano seguinte as mulheres precisam trabalhar para ganhar o que os homens ganharam no ano anterior. Como as mulheres ganham menos, em média, do que os homens, elas devem trabalhar mais tempo (que vai além do período de um ano) para atingir o mesmo salário dos homens.
O Dia da Igualdade Salarial foi criado pelo Comitê Nacional sobre Equidade Salarial (NCPE) em 1996 como um evento de sensibilização pública para ilustrar a disparidade entre os salários dos homens e das mulheres.
Apesar do lembrete anual nas últimas quase três décadas, a disparidade salarial permanece.
As mulheres que trabalham em tempo integral durante todo o ano passado ganharam 84 centavos para cada dólar que os homens ganharam, um aumento em relação aos 83,7 centavos do ano anterior, de acordo com os números mais recentes do Census Bureau.
Mas essa quantia cai para 78 centavos quando os trabalhadores sazonais e de tempo parcial são incluídos. Isso resulta em uma diferença de US$ 11.450 em ganhos ao longo de um ano, com base no salário médio anual. Para as mulheres negras, a disparidade salarial é ainda maior.
“A participação das mulheres na força de trabalho é a maior das últimas décadas e a disparidade salarial entre homens e mulheres é a mais estreita desde sempre. No entanto, apesar deste progresso, a luta pela igualdade de remuneração continua”, afirmou o Presidente Biden numa declaração divulgada na segunda-feira 911) pela Casa Branca.
A educação não nivela o campo de jogo
Não é uma questão de educação, concluiu a Parceria Nacional para Mulheres e Famílias através da sua análise dos dados do Census Bureau. Mulheres com mestrado ganham 72 centavos para cada dólar ganho por homens com o mesmo diploma e ganham menos do que homens com diploma de bacharel. E as mulheres com diploma de associado (programa de 2 anos) ganham menos do que os homens que possuem apenas diplomas do ensino médio.
Metade dos entrevistados numa pesquisa do Pew Research Center de 2022 disseram acreditar que uma das principais razões para a persistente disparidade salarial é que os empregadores tratam mulheres e homens de forma diferente. Mais de 40% apontaram que as mulheres fazem escolhas diferentes em relação ao trabalho e família.
Reduzindo a lacuna
Entretanto, a Casa Branca concentra a sua atenção em outro fator da disparidade salarial entre homens e mulheres: as diferenças nos tipos de empregos e setores onde homens e mulheres normalmente trabalham. A administração Biden tomou medidas para reduzir essa lacuna através de uma série de iniciativas, incluindo incentivar os empregadores em áreas de alta procura, como construção, a recrutar mais mulheres.
Número de mulheres em posições de liderança têm crescido. No ano passado, a lista de CEOs da Fortune 500 incluía um recorde de 52 mulheres, contra 44 no ano anterior. Pela primeira vez, as mulheres lideraram pouco mais de 10% das empresas da Fortune 500.
Fonte: NPR