O desmatamento na Amazônia brasileira caiu 66% no mês passado em comparação com julho de 2022 e agora está em sua taxa mais baixa em seis anos, segundo dados preliminares divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) na quinta-feira (3).

Quase 500 quilômetros quadrados (193 milhas quadradas) de floresta tropical foram desmatados em julho, uma queda significativa em relação aos 1.487 quilômetros quadrados (574 milhas quadradas) desmatados em julho passado.

Houve uma queda acentuada no desmatamento desde que Luiz Inácio Lula da Silva assumiu a presidência em janeiro. Lula prometeu acabar com o desmatamento, que aumentou rapidamente durante a administração do seu antecessor, Jair Bolsonaro.

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, disse que as políticas do governo, incluindo o aumento da vigilância e multa para quem desmata, desempenharam um papel importante na redução das taxas de desmatamento.

Os dados preliminares devem ser confirmados nos próximos dias e acontecem no momento em que os países que dividem partes da Amazônia se preparam para se reunir nos dias 8 e 9 de agosto na cidade brasileira de Belém, para uma cúpula que visa aumentar a proteção da floresta tropical.

A taxa reduzida de desmatamento é uma notícia positiva em um momento em que a Amazônia permanece criticamente vulnerável.

Alguns cientistas alertam que a floresta tropical pode estar se aproximando de um ponto de inflexão crítico que pode transformá-la em uma savana gramada. Isso teria enormes implicações para a biodiversidade, bem como para a crise climática – a Amazônia armazena grandes quantidades de carbono e tem um impacto significativo nos padrões climáticos globais.

Também fornece alguma esperança de que as taxas de destruição da floresta tropical possam começar a diminuir globalmente. Em 2022, uma área de floresta tropical global do tamanho da Suíça foi perdida, pois a destruição da floresta aumentou 10% em comparação com o ano anterior, de acordo com um relatório recente do Global Forest Watch do World Resources Institute (WRI).

Fonte: CNN

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