O deputado Mike Johnson, da Louisiana, venceu a eleição na quarta-feira (25) para se tornar o 56º presidente da Câmara dos Representantes, pondo fim as três semanas de caos que expuseram as divisões do partido republicano.
Os republicanos escolheram Johnson, 51, um legislador pouco conhecido e profundamente conservador depois de algumas votações tumultuadas que começaram depois que a extrema direita depôs o então presidente da Câmara, Kevin McCarthy.
A vitória por 220 votos a favor e 209 contra coloca um advogado socialmente conservador que se opõe ao direito ao aborto e ao casamento entre pessoas do mesmo sexo e que desempenhou um papel de liderança nos esforços do Congresso para anular as eleições de 2020, como segundo na linha de sucessão à presidência.
Eleito para o Congresso em 2016, Johnson é o legislador mais jovem em décadas a se tornar presidente da Câmara. Ele também deve ser o mais conservador. Cristão evangélico, Johnson é ex-presidente do Comitê Republicano de Estudo e patrocinou legislação para efetivamente proibir a discussão sobre orientação sexual ou identidade de gênero em qualquer instituição que atenda crianças menores de 10 anos e que receba fundos federais.
Ele serviu na equipe de defesa do impeachment do ex-presidente Donald J. Trump, desempenhou um papel de liderança no recrutamento de republicanos da Câmara para assinar um documento legal apoiando um processo que buscava anular os resultados das eleições de 2020.
Os menos conservadores que apoiaram Johnson disseram que estavam ansiosos para tirar a Câmara da paralisia. “Embora existam questões em que divergimos, devemos voltar a governar para o bem do país”, escreveu o deputado Mike Lawler, de Nova York nas redes sociais.
O primeiro desafio que o novo líder vai enfrentar é o prazo de meados de novembro para aprovar em caráter definitivo o novo orçamento do governo. Além disso, terá de liderar uma conferência profundamente dividida sobre a política externa no momento em que o Congresso considera o pedido de financiamento de 105 bilhões de dólares da administração Biden para Israel, a Ucrânia e a fronteira sul. Johnson se opôs à continuação do financiamento para a guerra na Ucrânia, que emergiu como uma amarga linha de ruptura no Partido Republicano e nas batalhas de gastos que terá de travar nos próximos dias.
Fonte: The New York Times