Os democratas, partido do presidente Joe Biden, manterão o controle do Senado dos Estados Unidos depois de definida as vitórias nas eleições legislativas dos estados do Arizona e Nevada, que reelegeram seus atuais senadores Mark Kelly e Catherine Cortez Masto, respectivamente, neste final de semana.
O partido desafiou a tendência histórica de eleições de meio de mandato, que muitas vezes dá vitória ao partido de oposição ao governo em vigor, uma forma comum de mostrar descontentamento com a política atual. E neste ano, com a inflação lá em cima e alto risco de recessão, os eleitores tinham motivos de sobra para mostrar insatisfação. No entanto, o resultado do pleito mostrou um maior descontentamento com candidatos republicanos que se alinharam ao ex-presidente Donald Trump.
Manter o controle do Senado é um grande impulso para o presidente Joe Biden nos dois anos restantes do seu primeiro mandato na Casa Branca. Os democratas terão a capacidade de confirmar os indicados judiciais de Biden – evitando cenários como o que o ex-presidente Barack Obama enfrentou em 2016, quando o então líder da maioria no Senado, Mitch McConnell, se recusou a votar em seu indicado à Suprema Corte, Merrick Garland. Isso também significa que os democratas do Senado podem rejeitar projetos de lei aprovados pela Câmara e definir sua própria agenda.
Contudo, os democratas continuarão com uma maioria bastante apertada. O partido do presidente conquistou 50 assentos no Senado, enquanto os republicanos têm 49. Ainda falta uma cadeira a decidir: a do estado da Georgia, que provavelmente vai passar por um segundo turno em 6 de dezembro. Mesmo que os republicanos ganhem na Georgia, deixando o número assentos empatado, a vice-presidente, Kamala Harris, tem o voto de desempate, o que garante a maioria dos democratas.
A situação na Câmara dos Representantes está indefinida, já que ainda há muitos votos a serem contados principalmente em distritos da California, Oregon e Arizona. Até segunda-feira, 14 de novembro, os republicanos tinham 212 assentos e os democratas 204. O partido que atingir 218 assentos, ganha o controle da casa. Especialistas estão prevendo uma vitória republicana.