Um tribunal espanhol negou o recurso de Daniel Alves nesta terça-feira (21) para ser libertado sob fiança enquanto a investigação sobre uma acusação de agressão sexual contra o jogador de futebol acontece.
O tribunal decidiu que existe um risco de fuga do jogador, por isso ele deverá permanecer na prisão durante a investigação. A data do julgamento ainda não foi definida.
Daniel foi detido provisoriamente no dia 20 de janeiro em Barcelona depois de ter sido acusado de agredir sexualmente uma mulher em uma boate da cidade em 30 de dezembro. Ele negou qualquer irregularidade e disse que o sexo com a mulher que o acusa foi consensual.
Os advogados de Daniel entraram com o recurso dizendo que o brasileiro concordou em entregar seu passaporte e usar um dispositivo de rastreamento se fosse libertado. Ele também se apresentaria ao tribunal e às autoridades sempre que necessário, inclusive diariamente.
Mas o tribunal considerou que essas medidas não seriam suficientes para impedir o jogador de tentar escapar. Também foi levado em conta a existência de evidências consideráveis de que o crime pode realmente ter sido cometido.
“Nada impediria o senhor Alves de deixar a Espanha por via aérea, marítima ou mesmo terrestre sem documentação e chegar ao seu país de origem, onde não será entregue à Espanha, mesmo com mandados de prisão internacionais ou ordens de extradição”, o tribunal disse.
O Brasil não extradita seus próprios cidadãos quando eles são condenados em outros países. Outro ex-jogador do Brasil, Robinho, foi condenado a nove anos pelo estupro de uma jovem na Itália no ano passado, mas ele continua em liberdade no Brasil.
Daniel tem o direito de apelar novamente enquanto o tribunal decide se e quando um julgamento será iniciado.
De acordo com a lei do consentimento sexual da Espanha, aprovada no ano passado, agressão sexual inclui uma ampla gama de crimes, desde abuso online e apalpação até estupro, cada um com diferentes punições possíveis. Um caso de estupro pode receber uma pena máxima de 15 anos.
Fonte: AP