O decano do Colégio Cardinalício, Cardeal Giovanni Battista Re, de 87 anos, convoca os cardeais a Roma para o chamado “conclave” que elegerá o sucessor de Francisco.
De 15 a 20 dias após a morte de um papa, os cardeais se reúnem na Capela Sistina para votar por escrutínio secreto. Somente cardeais com menos de 80 anos podem votar. Dos 252 cardeais atuais, a maioria nomeados por Francisco, 138 são cardeais eleitores, como são conhecidos aqueles autorizados a votar.
Todos os cardeais eleitores devem prestar juramento de sigilo. Uma maioria de dois terços é necessária para eleger um novo papa, e a politicagem faz parte do processo.
Os cardeais não podem deixar o conclave, exceto em casos raros. A palavra conclave — do latim “com chave” — refere-se ao isolamento imposto a eles, que significa evitar que o processo eleitoral se prolongue.
Durante o conclave, os cardeais se hospedam na Casa Santa Marta, que foi construída por ordem de João Paulo II para substituir os alojamentos improvisados no palácio papal que os abrigava anteriormente.
Como saberemos quando um papa for eleito?
Para acompanhar o andamento do conclave, os curiosos podem olhar para o céu acima do Vaticano.
Após cada votação, a fumaça é liberada por uma chaminé que pode ser vista da Praça de São Pedro, onde multidões costumam se reunir para assistir e aguardar. Se uma votação terminar sem a maioria de dois terços, a fumaça fica preta.
Quando uma decisão é tomada, a fumaça fica branca.
Dentro do Vaticano, o decano do colégio pergunta ao sucessor escolhido se ele aceita o cargo. Após receber o suposto sim, o decano pergunta-lhe o nome que deseja para ser chamado como papa.
Na sacristia da capela, o novo pontífice veste uma batina branca e uma capa vermelha. Após cumprimentar os cardeais, ele se dirige a uma sacada da Basílica de São Pedro, onde um cardeal sênior proclama, em latim, “Habemus papam”. (Temos um papa.)
Assim, ele apresenta ao mundo o novo líder da Igreja Católica.
Fonte: The New York Times