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Um número crescente de consumidores americanos está adotando uma prática muito comum no Brasil: ‘compre agora, pague depois’, de acordo com o último relatório sobre o varejo realizado pela Adobe Analytics.

Nos primeiros dois meses de 2023, a parcela de compras online usando serviços que permitem o adiamento do pagamento cresceu 10%, segundo o relatório. Já o número de consumidores adiando o pagamento de compras de supermercado subiu 40%. Móveis para casa, outra categoria popular na qual os consumidores vêm atrasando os pagamentos, cresceu 38% no mesmo período.

O adiamento do pagamento tem sido possível graças a popularização de aplicativos como Afterpay ou Klarna, que exigem que os compradores vinculem uma conta bancária ou cartão de débito ou crédito, e se inscrevam para pagar em parcelas semanais ou mensais as suas contas sem juros ou com juros baixos. Os pagamentos agendados são automaticamente deduzidos da conta bancária ou cobrados do cartão de crédito.

Algumas empresas fazem verificações de crédito que não são relatadas às agências de crédito, antes de aprovar os mutuários. A maioria dos candidatos é aprovado em minutos.

Essa indústria está crescendo rapidamente, de acordo com um relatório divulgado pelo Consumer Financial Protection Bureau. Os americanos contraíram cerca de US$ 24,2 bilhões em empréstimos em programas ‘compre agora e pague depois’ em 2021, contra apenas US$ 2 bilhões em 2019. Espera-se que esse número em todo o setor aumente ainda mais. Os clientes da Klarna compraram US$ 41 bilhões em produtos em seu serviço global nos primeiros seis meses do ano passado, um aumento de 21% em relação ao ano anterior. No PayPal, a receita dos serviços ‘compre agora e pague depois’ mais do que triplicou no segundo trimestre de 2022, para US$ 4,9 bilhões.

Uma outra pesquisa, desta vez da Morning Consult descobriu que 15% dos clientes ‘compre agora, pague depois’ estão usando o serviço para compras rotineiras, como mantimentos e gasolina, um tipo de comportamento que soa o alarme entre consultores financeiros.

À medida que o setor acumula clientes, a inadimplência pode aumentar. A inflação está espremendo o bolso dos consumidores, dificultando o pagamento das dívidas. Os mutuários que não fazem um orçamento adequado, especialmente quando persuadidos a fazerem vários empréstimos ao mesmo tempo, podem se endividar sem nem mesmo perceber.

Fonte: Fox Business

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