O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está em um tribunal de Nova York para ser julgado criminalmente por falsificar registros financeiros das suas empresas para encobrir pagamentos clandestinos feitos à supostas ex-amantes antes das eleições presidenciais de 2016.
Trump é o primeiro ex-presidente na história dos EUA a ser julgado por acusações criminais. O juiz rejeitou o pedido de Trump para que o julgamento fosse cancelado.
Um júri de 12 nova-iorquinos e seis suplentes deverá ser escolhido na segunda-feira (15). Os jurados em potencial serão avaliados por meio de perguntas que possam sinalizar opiniões políticas.
O caso
O promotor distrital de Manhattan acusou Trump no ano passado de 34 acusações criminais por seu suposto papel em um esquema de pagamentos para silenciar supostas amantes antes das eleições de 2016. Ele é acusado de falsificar registros comerciais de Nova York para ocultar informações prejudiciais e atividades ilegais antes e depois das eleições de 2016.
Trump se declarou inocente e negou os casos.
O que está em jogo?
Este é apenas um dos quatro casos criminais que Trump enfrenta enquanto é o presumível candidato republicano para 2024. Pode ser o único caso que enfrentará um júri antes da eleição. Se for condenado, Trump, de 77 anos, poderá pegar no máximo quatro anos de prisão, mas também pode ser punido apenas com uma multa.
O julgamento
O julgamento, que vai começar com a seleção do júri nesta segunda-feira (15), deve durar de seis a oito semanas — e vai girar em torno do reembolso que Trump fez ao seu então advogado Michael Cohen pelo suposto pagamento feito ex-atriz pornô Stormy Daniels, uma das supostas amantes.
Cohen afirma que foi instruído a pagar US$ 130 mil à ex-atriz pornô em troca do seu silêncio sobre um suposto affair que ela teve com Trump, algo que os promotores descreveram como uma tentativa de “influenciar ilegalmente” as eleições de 2016.
Pagar para comprar o silêncio de alguém não é ilegal. Mas o Gabinete do Procurador Distrital de Manhattan alega que Trump cometeu um crime ao registrar indevidamente o reembolso feito a Cohen como uma despesa jurídica.
Fonte: CNN e BBC