No Estados Unidos, onde vivem cerca de 7.2 milhões de judeus, a maior comunidade fora de Israel, departamentos de polícia intensificaram medidas de segurança para proteger comunidades judaicas e muçulmanas diante do anúncio de um possível protesto global pró-Palestina esperado para começar na sexta-feira (13).

As polícias das duas cidades mais populosas dos EUA – Nova York e Los Angeles – disseram que iriam intensificar as patrulhas, especialmente em torno de sinagogas e centros comunitários judaicos, embora tenham afirmado não haver quaisquer ameaças específicas ou credíveis.

“Não há razão para sentir medo. Ninguém deveria sentir necessidade de alterar suas vidas”, disse a governadora de Nova York, Kathy Hochul, em entrevista coletiva na quinta-feira (12).

O prefeito da cidade de Nova York, Eric Adams, disse que seu gabinete instruiu a polícia a “oferecer recursos adicionais para escolas e locais de culto para garantir que estejam seguros e que nossa cidade continue sendo um lugar de paz”.

Adams disse que patrulhas policiais extras estavam sendo implantadas tanto nas comunidades judaicas quanto nas muçulmanas.

O Departamento de Polícia de Los Angeles emitiu um comunicado dizendo que seus policiais assumiriam uma posição mais destacada nas comunidades judaica e muçulmana “durante este período inimaginável”.

Na capital do país, a polícia ergueu cercas ao redor do complexo do Capitólio durante a noite.

A preocupação com a segurança dos EUA é devido a um possível surto de violência anti-semita e islamofóbica que vem emergindo após os ataques terrorista do Hamas no último sábado em território israelense.

Protestos eclodem em campus universitários dos EUA

Na Universidade de Columbia (Nova York), na quinta-feira (12), dois grupos de centenas de estudantes se enfrentaram durante manifestações pró-Israel e pró-Palestina, enquanto funcionários da universidade bloqueavam o acesso público ao campus da universidade como medida de segurança.

Apoiadores dos palestinos, muitos dos quais usavam máscaras para esconder suas identidades, seguravam cartazes que dizia “Palestina Livre” e “Existir é Resistir”. A cerca de 30 metros de distância, estudantes que apoiavam Israel seguravam silenciosamente cartazes com rostos de reféns israelenses feitos pelo Hamas.

Uma polêmica na Universidade de Harvard na segunda-feira (9) foi uma das primeiras a chegar às manchetes. Ex-alunos proeminentes criticaram uma declaração conjunta de um grupo de estudantes que chamava Israel de “inteiramente responsável” pela guerra. O reitor da universidade esclareceu posteriormente que os grupos não representavam a posição da escola.

Na terça-feira, os nomes e informações pessoais dos estudantes supostamente envolvidos foram publicados online e na quarta-feira um caminhão com cartazes exibindo essas informações foi conduzido pelo campus. Alguns críticos da carta pró-Palestina responderam denunciando a intimidação dos estudantes.

Dezenas de estudantes do SJP (Students for Justice in Palestine) da Universidade da Califórnia em Los Angeles realizaram uma marcha pela Palestina na quinta-feira. O grupo disse que seus membros haviam sido assediados e agredidos nos últimos dias, inclusive enquanto protestavam contra um comício pró-Israel.

Na Universidade de Georgetown, em Washington, D.C., estudantes do SJP optaram por realizar uma vigília na noite de quinta-feira, mas recusaram-se a permitir o acesso à mídia “devido ao aumento do assédio e às ameaças de violência contra estudantes palestinos, árabes, muçulmanos e anti-sionistas em todo o país”.

Fonte: Reuters 

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