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Membros de grupos extremistas. Ex-policiais. Um nadador olímpico medalhista. E fuzileiros navais dos Estados Unidos na ativa.

Todos estão entre as centenas de pessoas que foram condenadas por participação no motim de 6 de Janeiro de 2021 na sede do Congresso Americano, que completa 3 anos neste sábado (6).

O tribunal federal de Washington continua inundado de julgamentos, audiências de confissão de culpa e sentenças decorrentes daquela que se tornou a maior investigação criminal da história americana. E a caça aos suspeitos está longe de terminar.

As autoridades ainda estão trabalhando para identificar mais de 80 pessoas procuradas por atos de violência no Capitólio.

Aqui está um resumo das investigações de 6 de janeiro:

Mais de 1.230 pessoas foram acusadas de crimes federais por participação no motim, que vão desde contravenções, como invasão de propriedade, até crimes como agressão a policiais e conspiração sediciosa. Aproximadamente 730 pessoas se declararam culpadas das acusações, enquanto outras cerca de 170 foram condenadas em julgamento decidido por um juiz ou júri, de acordo com um banco de dados da Associated Press.

Apenas dois réus foram absolvidos de todas as acusações, e esses foram julgamentos decididos por um juiz e não por um júri.

Cerca de 750 pessoas foram condenadas, e quase dois terços receberam como penalidade algum tempo atrás das grades. As penas de prisão variam de alguns dias de confinamento intermitente a 22 anos de prisão. A sentença mais longa foi proferida a Enrique Tarrio, o ex-presidente nacional dos Proud Boys que foi condenado por conspiração sediciosa pelo que os promotores descreveram como uma conspiração para impedir a transferência de poder de Trump, um republicano, para Joe Biden, um democrata.

Muitos manifestantes já saíram da prisão depois de cumprirem as suas penas. Scott Fairlamb – um homem de New Jersey que deu um soco em um policial durante o motim e foi o primeiro réu a ser condenado por agressão às autoridades – foi libertado em junho passado.

Todas as atenções voltadas a Suprema Corte

Advogados de defesa e promotores estão acompanhando de perto um caso que em breve será julgado pela Suprema Corte dos EUA e que poderá impactar centenas de réus do 6 de Janeiro. Os juízes concordaram no mês passado em ouvir o caso de um manifestante acusado de “obstrução a um processo oficial”, que se refere à interrupção da certificação do Congresso da vitória de Biden nas eleições presidenciais de 2020 sobre Trump.

Mais de 300 réus de 6 de Janeiro foram acusados desse crime, assim como Trump será julgado pelo mesmo motivo no caso federal movido pelo procurador especial Jack Smith. Os advogados que representam os manifestantes argumentam que a acusação de obstrução a um processo oficial foi apresentada de forma inadequada contra os réus de 6 de Janeiro.

Os juízes ouvirão os argumentos em março ou abril, com uma decisão esperada para o início do verão.

E o caso da Bomba? 

Um dos maiores mistérios remanescentes em torno do motim é a identidade da pessoa que colocou duas bombas caseiras fora dos escritórios dos comitês nacionais Republicano e Democrata um dia antes do ataque ao Capitólio. No ano passado, as autoridades aumentaram a recompensa para até US$ 500 mil por informações que levassem à prisão da pessoa. Ainda não está claro se há uma conexão entre as bombas caseiras e o motim.

Os artefatos foram colocados fora dos dois prédios entre 19h30 e 20h30 em 5 de janeiro de 2021, mas os policiais só os encontraram no dia seguinte. As autoridades foram chamadas ao escritório do Comitê Nacional Republicano por volta de 12h45 em 6 de janeiro. Pouco depois, chegou uma chamada informando que um dispositivo explosivo semelhante foi encontrado na sede do Comitê Nacional Democrata. As bombas foram retiradas com segurança e ninguém ficou ferido.

Um vídeo divulgado pelo FBI mostra uma pessoa com um moletom cinza com capuz, máscara facial e luvas parecendo colocar um dos explosivos sob um banco do lado de fora do DNC e mostra também a mesma pessoa caminhando em um beco próximo ao RNC antes da bomba ser colocada lá.

Fonte: AP 

 

 

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