Legisladores da Califórnia aprovaram um plano para restringir e, eventualmente, proibir a venda de carros movidos a gasolina.
A nova política deverá acelerar a transição global para veículos elétricos. A Califórnia não é apenas o maior mercado automotivo dos Estados Unidos, mas mais de uma dúzia de outros estados normalmente seguem o exemplo da Califórnia para definir seus próprios padrões de produção de automóveis. Nova York, Washington e Massachusetts, por exemplo, já trabalham em planos similares.
A regra, emitida pelo Conselho de Recursos Aéreos da Califórnia, exigirá que todos os carros novos vendidos no estado até 2035 estejam livres de emissões de gases de efeito estufa, como dióxido de carbono. A regra também estabelece metas provisórias, exigindo que 35% dos novos veículos de passageiros vendidos até 2026 produzam zero emissões. Esse requisito sobe para 68% até 2030.
Meios de transporte são a principal fonte de emissões de gases de efeito estufa do país.
O presidente Donald Trump lutou contra a autoridade da Califórnia de estabelecer suas próprias regras que regulam a poluição na indústria de automóveis. Existe a possibilidade de um futuro presidente também lutar contra a implementação total das novas regras. Além disso, um grupo de procuradores-gerais de estados republicanos já entraram com uma ação judicial contestando a capacidade da Califórnia de estabelecer suas próprias regras contra a poluição.
Os críticos de políticas que incentivam a rápida adoção de veículos elétricos apontam que os preços desses tipos de carros ainda são muito mais altos do que os carros similares movidos a gasolina.
Na Califórnia, a nova regra reduzirá as emissões de gases de efeito estufa emitidos por veículos de passageiros em mais de 50% até 2040, segundo legisladores estaduais. Isso equivale a eliminar 395 milhões de toneladas métricas de emissões de gases de efeito estufa durante esse período, ou o equivalente à queima de 915 milhões de barris de petróleo, de acordo com Liane Randolph, presidente do Conselho de Recursos Aéreos da Califórnia.
Contudo, o estado ainda precisa enviar o projeto final à Agência de Proteção Ambiental (EPA – sigla em inglês) para aprovação. O governo Biden já sinalizou que provavelmente concederá.