Milhares de pessoas se reuniram na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, no domingo (16) em uma demonstração de apoio ao ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro, que enfrenta acusações de liderar um complô para derrubar o governo e minar a democracia do país após perder a eleição de 2022.
O ex-presidente Jair Bolsonaro disse aos seus apoiadores que a proibição da sua reeleição no ano que vem equivale a uma “negação da democracia”. Ele vem tentando se posicionar como um dos principais concorrentes nas eleições do ano que vem, apesar de estar impedido de ocupar cargos eletivos até 2030.
Bolsonaro espera seguir o caminho do presidente dos EUA, Donald Trump, fazendo um retorno político impressionante, apesar de enfrentar diversas acusações legais.
Bolsonaro convocou um “milhão” de apoiadores para a manifestação, mas pesquisadores da Universidade de São Paulo estimaram o tamanho da multidão em 18 mil pessoas, com base em análises de computador de imagens aéreas.
O protesto foi oficialmente convocado para exigir anistia para centenas de condenados pelos tumultos de 8 de janeiro de 2023 em Brasília, quando apoiadores de Bolsonaro invadiram o palácio presidencial, o Congresso e o Supremo Tribunal Federal.
Apelidado de “Trump dos Trópicos”, Bolsonaro afirma ser vítima de perseguição política.
Ambos os homens também sobreviveram a tentativas de assassinato durante a campanha eleitoral. No palco de Copacabana, um pôster mostrava a imagem agora icônica de um Trump desafiador com o punho erguido após uma bala perfurar sua orelha durante um comício no ano passado na Filadélfia.
Em 25 de março, o Supremo Tribunal Federal do Brasil considerará se há provas suficientes para julgá-lo. Se condenado, ele corre o risco de uma pena de prisão de mais de 40 anos.
Fontes: Reuters e AP