O ex-presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, foi denunciado pela Procuradoria Geral da República (PGR) por seu suposto envolvimento no episódio que culminou na invasão da sede do governo brasileiro em 8 de janeiro de 2023.

Bolsonaro é acusado de cinco crimes: tentativa de abolição violenta do estado democrático de direito, golpe de Estado, organização criminosa armada, dano qualificado pela violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado. Caso a acusação seja aceita pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e resulte em condenação, as penas somadas podem chegar a 43 anos de prisão.

Segundo os promotores, o suposto complô tinha como objetivo impedir que o sucessor de Bolsonaro no cargo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, tomasse posse e incluía um plano para envenenar Lula.

Além de Bolsonaro, outras 33 pessoas são acusadas ​​de terem participado da tentativa de golpe.

Bolsonaro se pronunciou após a denúncia.

Na rede social X, e sem apresentar provas, Bolsonaro acusou a PGR de “fabricar acusações falsas”. Ele afirmou que o “mundo está atento ao que se passa no Brasil”.

Alegando perseguição, o ex-presidente afirmou que o Brasil se tornou “autoritário”. “Todo regime autoritário, em sua ânsia pelo poder, precisa fabricar inimigos internos para justificar perseguições, censuras e prisões arbitrárias”, disse ele.

Provas contra Bolsonaro foram reunidas sobretudo após a delação do tenente-coronel Mauro Cid, um ex-ajudante da presidência, que fez um acordo para contar tudo o que sabia em troca de um tempo curto de prisão.

Em um sinal de quão dividido o Brasil continua dois anos e meio após a eleição de Lula, os críticos de Bolsonaro comemoraram as acusações, dizendo que o ex-presidente deveria estar na cadeia, enquanto seus apoiadores insistem que ele é inocente e vítima de perseguição.

O foco agora está no Ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, que terá que pesar os méritos das acusações feitas pelo procurador-chefe e decidir se o caso deve prosseguir para a fase de julgamento.

Fontes: Uol e BBC

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