Wall Street caiu acentuadamente na quinta-feira (3), seguindo uma queda nos mercados globais em resposta à grande rodada de tarifas do presidente Donald Trump sobre importações dos EUA.
O S&P 500 caiu mais de 4%, uma enorme queda diária para o índice, ecoando declínios acentuados na Ásia e na Europa, enquanto os investidores se opunham às tarifas.
A reação do mercado financeiro sugere que a escala das tarifas foi uma surpresa. Os investidores não esperavam tarifas tão altas.
O valor do dólar americano em relação a uma cesta de outras moedas importantes caiu mais de 2%, seu pior dia desde o final de 2022.
Muitas grandes empresas dos EUA afundaram quando as negociações começaram. Algumas das mais atingidas foram as ações da indústria de tecnologia: as ações da Apple caíram mais de 8%, a Amazon caiu 8% e as ações da Nvidia caíram cerca de 5%. O índice Nasdaq Composite, de alta tecnologia, caiu mais de 5%.
As ações de marcas de consumo também caíram quando Trump impôs tarifas altas a países que são centros de fabricação de calçados e roupas, por exemplo, uma tarifa de 46% nos produtos dos Vietnã e 32% da Indonésia. As ações da Nike caíram 12%.
Os mercados de ações têm estado instáveis nas últimas semanas, já que os investidores andam confusos com as mensagens do governo sobre tarifas. Trump já anunciou, atrasou, alterou e, finalmente, impôs tarifas sobre o Canadá, México, aço, alumínio, carros e autopeças.
A incerteza em torno dos níveis de tarifas e quanto tempo elas podem durar tornam difícil para investidores, economistas e formuladores de políticas avaliar as potenciais ramificações para consumidores, empresas e a economia em geral.
A tarifa dos EUA sobre todas as importações está agora em torno de 22%, um aumento significativo dos 2,5% em 2024, disse Olu Sonola, chefe de pesquisa econômica dos EUA na Fitch Ratings. Essa taxa foi revista pela última vez por volta de 1910, disse ele.
Source: The New York Times