O presidente Joe Biden visitou Kiev, a capital da Ucrânia, na segunda-feira (21) pela primeira vez desde que a Rússia lançou uma invasão em grande escala contra o país vizinho há um ano.
A visita altamente secreta ocorre em um momento crítico no conflito, com a Rússia preparando-se para uma ofensiva durante a primavera e a Ucrânia esperando retomar o território em breve.
Biden anunciou meio bilhão de dólares em nova assistência ao país, dizendo que o pacote inclui mais equipamento militar. E disse ainda que novas sanções seriam impostas a Moscou no final desta semana.
“Um ano depois, Kiev está de pé. E a Ucrânia está de pé. A democracia permanece”, disse Biden.
Os Estados Unidos e outras nações ocidentais têm enviado armas, tanques e munições para a Ucrânia na esperança de mudar a trajetória da guerra. Ao visitar o país pessoalmente, Biden oferece uma imagem singular do apoio americano a Zelensky, que passou o ano passado tentando reunir o mundo em torno de sua nação e apelando por mais assistência.
Rússia contra-ataca
O presidente russo, Vladimir Putin, disse que está suspendendo a participação do seu país no tratado START de redução de armas nucleares com os Estados Unidos, colocando em risco o último pacto restante que regula os dois maiores arsenais nucleares do mundo.
O tratado impõe limites no número de armas nucleares de alcance intercontinental que os EUA e a Rússia podem ter. Foi prorrogado pela última vez no início de 2021 por cinco anos, o que significa que os dois lados logo precisariam começar a negociar outro acordo de controle de armas.
Sob o principal tratado de controle de armas nucleares, os Estados Unidos e a Rússia têm permissão para realizar inspeções nas locações de armamentos um do outro, embora essas inspeções tenham sido interrompidas desde 2020 devido à pandemia do Covid-19.
E, segundo autoridades americanas, a Rússia vem se recusando em várias ocasiões a permitir inspeções de suas instalações nucleares pelos americanos. “A Rússia não está cumprindo sua obrigação sob o Novo Tratado START de facilitar as atividades de inspeção em seu território”, disse um porta-voz do Departamento de Estado dos EUA em janeiro.
Fonte: CNN e The New York Times