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A partir de alguns poucos anos, todos os veículos novos vendidos nos Estados Unidos deverão ter a capacidade de detectar passivamente quando os motoristas estão sob a influência de álcool. Se estiverem embriagados, o sistema vai imobilizar o carro. A regra está embutida na lei de infraestrutura assinada pelo presidente Biden em 2021, mas a medida deverá ser revisada e e um regulamento final deverá sair no próximo ano.

Mas há um problema para a lei ser implementada: a tecnologia para detectar se o motorista está sob influência de álcool ainda não existe. A indústria automotiva está tentando criar rapidamente essa tecnologia. Até agora, apenas uma empresa está próxima de conseguir, a Asahi Kasei, uma empresa química e eletrônica japonesa.

A Asahi Kasei está trabalhando com montadoras e agências governamentais para levar a tecnologia à viabilidade comercial o mais rápido possível. Mike Franchy, diretor da empresa, disse que a nova lei americana pode pedir aos fabricantes de automóveis que insiram o recurso de detecção de álcool na estrada já em 2026.

“Para ser sincero, acho que pegou todo mundo de surpresa. É algo que foi proposto no passado. Mas todos presumiram que veríamos isso acontecer primeiro na Europa, disse Franchy em entrevista ao Automotive News. Mas isso realmente aconteceu aqui nos Estados Unidos”.

Como a tecnologia funcionará?

Os motoristas expirariam em direção a um pequeno sensor que poderia ser embutido na coluna de direção ou na guarnição da porta lateral e aguardariam uma leitura rápida de aprovação/reprovação do teor de álcool de sua respiração.

O sistema usa um algoritmo que detecta a quantidade de etanol na respiração do motorista em comparação com o dióxido de carbono natural. O sensor funciona por meio de um detector que mede quanta luz infravermelha de um comprimento de onda específico é absorvida pelo ar circundante. Esta medição é então usada para calcular a concentração de um gás específico – neste caso, o álcool etílico.

É claro que há muitas perguntas a serem respondidas: o que acontece quando o sensor fica sujo, por exemplo? O que impede o suposto motorista alcoolizado de usar uma lata de gasolina ou um ventilador movido a bateria para soprar o ar da cabine ao invés dele?

Enfim, questões que as empresas de tecnologia têm pouco tempo para resolver se a lei realmente estrar em vigor.

Fonte: Automotive News

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