Uma Target de San Francisco colocou absolutamente todos os seus produtos atrás de vidros fechados em meio a uma crise de furtos, que vem prejudicando os varejistas da cidade. Imagens do interior da loja postadas no TikTok mostraram corredor após corredor de produtos de higiene pessoal e cosméticos trancados a chave.
A Bay Area tem sido especialmente atingida por uma onda de furtos no varejo, que aumentou durante a pandemia do COVID-19, levando algumas redes, como Walgreens, a fechar lojas em San Francisco.
Uma pesquisa sobre segurança na área do varejo feita pela National Retail Federation (NRF) em 2022 classificou São Francisco/Oakland como a segunda área metropolitana mais atingida por roubo em 2020 e 2021, atrás apenas de Los Angeles, que lidera a lista.
Outros estados do país também estão sendo afetadas por essa onda de furtos e levando os varejistas a tomarem a mesma atitude. A cidade de Nova York estava no terceiro lugar na lista em 2021, na frente de Chicago.
O mesmo estudo constatou que 71% dos varejistas entrevistados pela associação disseram ter visto um aumento “substancial” ou “moderado” no crime organizado no varejo.
Entretanto, colocar produtos atrás de vidros fechados tem um preço. O bloqueio espanta também consumidores honestos, que ficam impedidos de manusear o produto e ainda precisam esperar um funcionário da loja abrir o vidro para finalizar a compra. Essas etapas extras no processo podem fazer com que as vendas caiam de 15% a 25%, segundo a empresa de tecnologia antifurto Indyme.
O roubo no varejo é um problema de quase US$ 100 bilhões, de acordo com a pesquisa da NRF.
E o que está sendo roubado?
Quase tudo que não está preso ao chão é alvo, mas muitos dos principais itens roubados são itens que podem ser revendidos e facilmente escondidos.
Medicamentos para dor e alergia, lâminas e barbeadores, fragrâncias, cosméticos, álcool, cartões-presente, ferramentas elétricas, cartuchos de impressora, roupas, sapatos, bolsas e joias foram listados como os principais itens roubados pelo crime organizado no varejo na pesquisa de segurança de 2022 da NRF.
Fonte: The New York Post e AXIOS