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O líder do Hamas, Ismail Haniyeh, foi assassinado na capital iraniana, Teerã, na manhã de quarta-feira (31), um ataque que gerou ameaças de vingança contra Israel e alimentou ainda mais a preocupação de que o conflito em Gaza se transforme em uma guerra maior no Oriente Médio.

O grupo militante islâmico palestino e a Guarda Revolucionária do Irã confirmaram a morte de Haniyeh. A Guarda disse que ocorreu horas depois dele ter comparecido à cerimônia de posse do novo presidente do Irã.

Embora o ataque tenha sido amplamente assumido por Israel, o governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu não assumiu a responsabilidade e disse que não faria comentários sobre o assassinato.

Haniyeh foi morto por um míssil que o atingiu “diretamente” em uma casa para hóspedes do estado onde ele estava, disse Khalil Al-Hayya, um alto funcionário do Hamas, em uma entrevista coletiva em Teerã, citando testemunhas que estavam com Haniyeh. “Agora estamos esperando a investigação completa dos irmãos (iranianos)”, disse Al-Hayya.

Haniyeh, normalmente baseado no Catar, era o rosto da diplomacia internacional do Hamas, enquanto a guerra desencadeada pelo ataque liderado pelo Hamas a Israel em 7 de outubro se alastrava em Gaza. Ele participava de negociações indiretas mediadas internacionalmente para chegar a um cessar-fogo no enclave palestino.

O assassinato ocorreu menos de 24 horas depois que Israel alegou ter matado o comandante militar mais graduado do Hezbollah, na capital libanesa, Beirute, em retaliação a um ataque mortal de foguete nas Colinas de Golã ocupadas por Israel.

Duas fontes de segurança libanesas disseram na quarta-feira que o corpo do chefe de operações do Hezbollah, Fuad Shukr, foi encontrado nos escombros de um prédio atingido por um ataque aéreo israelense nos subúrbios ao sul de Beirute.

Os últimos eventos parecem atrasar as chances de qualquer acordo de cessar-fogo iminente na guerra de quase 10 meses em Gaza entre Israel e o Hamas apoiado pelo Irã.

O braço armado do Hamas disse em um comunicado que o assassinato de Haniyeh “levaria a batalha a novas dimensões e teria grandes repercussões”. Prometendo retaliar, o Irã declarou três dias de luto nacional e disse que os EUA tinham responsabilidade por causa de seu apoio a Israel.

Fonte: Reuters 

 

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