Formar um júri para qualquer julgamento é um processo delicado, mas quando se trata de um julgamento que envolve uma figura tão polarizadora e controversa como Donald Trump, os desafios são ampliados exponencialmente. A simples menção do seu nome pode evocar fortes emoções e crenças políticas profundamente arraigadas, tornando extremamente difícil encontrar jurados imparciais que possam pôr de lado os seus preconceitos e dar um veredicto justo baseado apenas nas provas apresentadas em tribunal.

Uma das principais dificuldades na formação de um júri para o julgamento de Donald Trump decorre do fato de o ex-presidente ser uma figura altamente polêmica. Ao longo da sua carreira política e da sua presidência, Trump inspirou tanto uma lealdade fervorosa como uma oposição veemente, muitas vezes em linhas profundamente partidárias.

Além disso, a extensa presença de Trump nos meios de comunicação pode expôr os jurados a uma enxurrada de cobertura noticiosa, comentários nas redes sociais e artigos de opinião sobre as ações de Trump, tornando mais difícil abordar o julgamento com uma mente aberta e livre de influências externas.

Até a tarde de quinta-feira (18), havia cinco jurados escolhidos, depois que dois jurados foram dispensados ​por não se considerarem aptos para julgarem o caso de forma imparcial. Para o julgamento ocorrer, 12 nova-iorquinos e provavelmente seis suplentes precisarão ser selecionados.

Mais de 200 pessoas já foram dispensadas. Advogados de ambos os lados podem demitir jurados em potencial que não desejam no painel final sem fornecer um motivo. Os potenciais jurados são interrogados e, se considerados incapazes de julgar imparcialmente, dispensados.

A seleção do júri deve levar até duas semanas. Os funcionários do tribunal esperam que cerca de 500 pessoas compareçam todos os dias até que as 18 necessárias sejam escolhidas.

 

 

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