A Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (IUSP) e movimentos sociais convocaram manifestações, na segunda-feira (9), em defesa da democracia e pela punição dos envolvidos na invasão às sedes dos Três Poderes, no domingo (8) em Brasília.
O primeiro ato ocorreu ao meio-dia no Salão Nobre da Faculdade de Direito da USP, localizada no centro de São Paulo. A noite, uma manifestação fechou sete blocos da Avenida Paulista, em São Paulo, e reuniu milhares de pessoas. Uma outra se concentrou na Cinelândia, no centro do Rio de Janeiro, reunindo centenas de manifestantes. Outros atos em favor da democracia foram registrados em outras capitais do país.
Em Brasília, representantes dos três poderes da República se reuniram para mostrar união diante dos ataques à democracia e o Estado Brasileiro ocorridos no domingo.
Além dos governadores, participam do encontro a presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra Rosa Weber, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, o presidente interino do Senado Federal, Veneziano Vital do Rêgo, o presidente da Frente Nacional de Prefeitos, Edvaldo Nogueira, e o PGR Augusto Aras, ministros do governo e parlamentares.
Na ocasião, Lula discursou:
“Nós não vamos permitir que a democracia escape das nossas mãos, porque é a única chance de a gente garantir que esse povo humilde consiga comer três vezes ao dia, ou ter direito de trabalhar. Em nome de defender a democracia, não vamos ser autoritários com ninguém, mas não seremos mornos com ninguém. Vamos investigar e vamos chegar a quem financiou”, disse.
Ao final da reunião, o presidente Lula e todos os participantes do encontro cruzaram a Praça dos Três Poderes até o prédio do Supremo Tribunal Federal (STF) para prestar solidariedade à instituição, sua presidente e ministros. O prédio do STF teve seu interior, em especial o plenário, totalmente destruído pelos terroristas. Na reunião, a presidente Rosa Weber informou que o STF vai retomar suas atividades normalmente, em 1º de fevereiro.