O Brasil deverá propor cotas comerciais como uma alternativa às tarifas de 25% impostas pelos Estados Unidos sobre aço e alumínio, segundo o vice-presidente Geraldo Alckmin.
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda não discutiu a questão com o governo Trump desde que o líder dos EUA anunciou as tarifas de 25% sobre todas as importações dos metais em 11 de fevereiro. Mas as cotas que limitam a quantidade de aço que o Brasil exporta para os EUA a cada ano provaram ser uma “boa solução” durante disputas comerciais anteriores e podem estar na mesa novamente, disse Alckmin a repórteres em Brasília.
Essa não será a primeira vez que os dois países negociam sobre o tema. Depois que Trump impôs taxas semelhantes durante o seu primeiro mandato, os EUA e o Brasil concordaram em exportar cotas de 3,5 milhões de toneladas de placas e produtos semiacabados e 687.000 toneladas de produtos laminados. Trump acabou concedendo isenções das tarifas ao Brasil e outras nações.
Então, as empresas brasileiras já estavam sujeitas a cotas anuais de importação pelos EUA. Na verdade, apenas 18% dos produtos que vão para os EUA pagam a taxa total de 25%.”
O Brasil é o terceiro maior fornecedor de aço dos EUA, de acordo com o U.S. Census Bureau. O instituto Aço Brasil, um grupo da indústria que representa as siderúrgicas brasileiras, disse que espera que os governos cheguem a um acordo semelhante ao do primeiro mandato de Trump.
Fontes: Reuters e Bloomberg