A Meta disse na terça-feira (7) que vai encerrar seu programa de verificação de fatos, uma política instituída para coibir a disseminação de desinformação em suas mídias sociais, em um sinal claro do reposicionamento da empresa para o novo governo de Trump, que clama por liberdade de expressão online.

A Meta, dona do Facebook, Instagram e WhatsApp, disse que agora permitirá mais expressão, confiaria em seus usuários para corrigir postagens imprecisas e falsas e adotaria uma abordagem mais personalizada ao conteúdo político. Ela descreveu as mudanças com a linguagem do arrependimento, dizendo que havia se afastado muito de seus valores na década anterior.

“É hora de voltar às nossas raízes em torno da liberdade de expressão”, disse Mark Zuckerberg, presidente-executivo da Meta, em um vídeo anunciando as mudanças. O sistema de verificação de fatos da empresa, ele acrescentou, “chegou a um ponto em que há muitos erros e muita censura”.

Zuckerberg admitiu que haveria mais “coisas ruins” nas plataformas como resultado da decisão. “A realidade é que isso é uma troca”, disse ele. “Isso significa que vamos pegar menos coisas ruins, mas também reduziremos o número de postagens e contas de pessoas inocentes que acidentalmente removemos.”

Desde a vitória de Donald J. Trump em novembro, poucas grandes empresas trabalharam tão abertamente para ganhar a atenção do presidente eleito quanto a Meta. Trump durante sua primeira administração, acusou as plataformas de mídia social de censurar vozes conservadoras. Em uma série de anúncios durante este período de transição presidencial, a Meta mudou drasticamente sua estratégia em resposta ao que Zuckerberg chamou de “ponto de inflexão cultural” da eleição.

Zuckerberg jantou com Trump em Mar-a-Lago em novembro, e a Meta mais tarde doou US$ 1 milhão para apoiar a posse do novo presidente. Na semana passada, Zuckerberg elevou Joel Kaplan, o executivo de mais alto escalão da Meta mais próximo do Partido Republicano, ao cargo político mais sênior da empresa. E na segunda-feira (6), Zuckerberg disse que Dana White, chefe do Ultimate Fighting Championship e aliada de Trump, se juntaria ao conselho da Meta.

Fonte: The New York Times 

 

 

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