Companhias áreas do mundo todo se preparam para um verão super movimentado, muitas acreditam inclusive que finalmente as viagens retornarão aos níveis pré-pandemia. Mesmo assim, algumas companhias irão fazer cortes nas suas ofertas de voos.
A American Airlines anunciou o corte de quase 50 mil voos da sua programação de verão, sendo junho e julho os meses mais afetados. A redução representa 5% do seu total de voos. Vários hubs da American Airlines nos Estados Unidos serão afetados, mas o Aeroporto Internacional O’Hare de Chicago é o que sofrerá os maiores cortes.
Em entrevista ao jornal Dallas Business Journal, a porta-voz da companhia Adreas Koos, justificou o corte afirmando ser apenas um ajuste da empresa.
“Agora estamos publicando nossa programação final com aproximadamente 100 dias de antecedência, o que está de acordo com a forma como ajustamos nossa programação em 2019 antes da pandemia. A American tem orgulho de oferecer aos clientes a maior frota aérea dos Estados Unidos durante o verão, com uma média de mais de 5.500 partidas diárias”, reiterou.
Os passageiros da American Airlines cujos voos foram alterados devido às mudanças de horário terão opções alternativas para chegar a seus destinos. Os clientes insatisfeitos com as alternativas apresentadas poderão solicitar o reembolso total.
Falta de funcionários afeta outras companhias aéreas
Os cortes de voos estão se tornando normais à medida que companhias áreas do mundo todo ainda lutam contra os efeitos deixados pela pandemia do Covid-19. Com o retorno à vida normal no ano passado e milhares de passageiros ávidos para viajar depois de um longo período em casa, a demanda por voos disparou, mas as companhias áreas não conseguiram acompanhá-la devido a falta de funcionários.
A companhia alemã Lufthansa, por exemplo, anunciou na semana passada o corte de 30 mil voos da sua programação de verão por causa da falta de pessoal. A companhia afirmou que a falta de funcionários continua sendo um problema e que seria melhor ajustar a programação agora do que ter uma grande quantidade de cancelamentos de última hora.
Voos caros
Lei básica da economia capitalista: alta demanda e baixa oferta de voos resultam em passagens aéreas caras.
Especialistas afirmam que os preços das passagens áreas neste verão estarão em média o dobro do que estavam antes da pandemia.
A escassez de mão de obra, em particular, é a principal culpada pelo transtorno no setor aéreo.
“Você entra em um avião… você vê pilotos e comissários de bordo, mas é preciso muito mais gente para colocar um avião no ar”, explica o professor Erik Gordon, da Ross School of Business da Universidade de Michigan. “Precisa-se de pessoas carregando a bagagem, trabalhando nos portões, trabalhando na manutenção e programação.”
O professor acha que eventualmente os custos irão cair, mas é difícil prever quando.
Enquanto isso, o jeito é fazer ajustes nos planos de férias: uma viagem doméstica ao invés de internacional, rodatrips, viagem fora da alta temporada, tudo deve ser levado em conta.
Fonte: Simpleflying.com