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Aplaudindo de pé por dez minutos. Foi assim que reagiu a plateia que assistiu ao lançamento do novo longa do diretor Walter Salles, “Ainda Estou Aqui”, protagonizado pelos atores Fernanda Torres e Selton Mello, durante o Festival de Cinema de Veneza no último final de semana.

A estreia oficial do filme no Brasil ou nos Estados Unidos ainda não foi anunciada.

A ditadura brasileira nas telas 

“Ainda Estou Aqui” se passa no Brasil, em 1970 e é uma adaptação do livro autobiográfico de Marcelo Rubens Paiva sobre sua mãe, Eunice Paiva.

Em 20 de janeiro de 1971, o engenheiro e ex-deputado federal (PTB) Rubens Paiva, deposto pela ditadura militar, foi levado de sua casa no Leblon, Rio de Janeiro, por agentes militares, para “prestar depoimento”.

Ele disse à família que retornaria em breve. Ele foi torturado e morto pelo regime. Seus restos mortais nunca foram encontrados.

A vida antes e depois desse evento decisivo levou seu filho Marcelo Rubens Paiva a escrever “Ainda Estou Aqui” (2015).

Na trama, Eunice Paiva (interpretada por Torres na juventude e Fernanda Montenegro na velhice), mãe de cinco filhos, tem a vida virada do avesso após o sequestro, prisão e desaparecimento do marido (Selton Mello), é obrigada a se reinventar e traçar um novo destino para si e seus filhos.

‘Ainda Estou Aqui’ ganha relevância ao abordar um período obscuro da história do Brasil, os anos de ditatura, que continuam mobilizando ideias e pessoas.

“Propor mais reflexões sobre esse período parece vital para entender melhor o trauma vivido e não repetir os mesmos erros do passado”, disse Walter Salles ao Jornal Folha de São Paulo.

Fonte: Folha de São Paulo 

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